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domingo, novembro 2, 2025

Lista do Detran feita por IA: Carros com essa quantidade de multas serão recolhidos das ruas imediatamente

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O cerco está fechando para quem acumula multas de trânsito. Pelo Brasil, os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) estão endurecendo o jogo para recolher veículos que colecionam infrações. A coisa é séria. A medida quer garantir a segurança e o cumprimento da lei, dando um recado claro aos motoristas para andarem na linha.

E é bom saber, o objetivo principal nem é só a cobrança da dívida. O foco é, de fato, tirar de circulação quem desrespeita a legislação repetidamente, garantindo uma fiscalização mais dura contra quem põe a vida de outros em risco.

São Paulo usa IA e PM na caça aos devedores de multas

No Brasil, cada Detran define sua própria estratégia. Só que o Detran de São Paulo (Detran-SP) saiu na frente e está chamando a atenção. O órgão paulista implementou uma abordagem bem moderna, que utiliza inteligência artificial e análise profunda de dados para fazer um verdadeiro mapa dos veículos que mais cometem infrações.

Com essa tecnologia, o sistema consegue apontar exatamente as placas mais problemáticas. De posse desse mapa, o Detran-SP define os locais mais estratégicos para as abordagens da Polícia Militar, unindo o melhor da tecnologia e da fiscalização em campo.

O perfil dos ‘infratores contumazes’

Os carros que entram na mira dessas operações não são escolhidos ao acaso. Eles estão em uma lista especial, batizada de infratores contumazes.

Essa lista nasce de um trabalho detalhado de cruzamento de dados de infrações, tudo feito com ajuda da inteligência artificial. Esse mapeamento tecnológico é a peça-chave. É ele que permite ao Comando de Policiamento de Trânsito (CPTRAN-DADETFD) saber exatamente onde e quando monitorar.

A Polícia Militar, por exemplo, só entra em ação depois que o Detran-SP identifica e aponta os locais onde a placa do veículo aparece com mais frequência. Isso garante muito mais eficácia e segurança na hora da abordagem.

Casos reais de carros retirados das ruas

E os resultados dessa integração em São Paulo são de cair o queixo. Recentemente, o Detran-SP e a PM tiraram de circulação veículos com dívidas que chegavam a superar em 20 vezes o valor de mercado do próprio carro.

Um caso na zona leste de SP chocou. Um veículo foi apreendido devendo mais de R$ 300 mil em multas. Para se ter ideia, o valor de mercado dele era de apenas R$ 16,1 mil.

Como se não bastasse, o motorista estava com a CNH vencida e o carro totalmente irregular de licenciamento. Em outras ações, apareceram carros com 602 multas e outro com 434 infrações no histórico. Somando apenas sete veículos desse perfil apreendidos, a conta ultrapassou R$ 2,25 milhões em multas que não foram pagas.

A partir de qual valor em multas um carro começa a correr risco de ser recolhido?

Na verdade, não é sobre o valor, é sobre o licenciamento. Muita gente acha que existe um número mágico de multas que autoriza o guincho, mas não é bem assim. O que leva o carro para o pátio não é a dívida em si, e sim o que ela causa: o bloqueio do licenciamento.

Mas quando as multas passam da casa dos R$20 mil, por exemplo, a IA do órgão de trânsito costuma acender o alerta e começar a procurar o veículo. Só que o detalhe importante é outro: mesmo uma dívida pequena, de R$100, já impede a emissão do documento anual.

Sem o licenciamento em dia, o carro fica irregular. E se o motorista for parado numa blitz, não tem conversa, é autuação por veículo não licenciado, infração gravíssima, com recolhimento imediato. A “lista da IA” do Detran só ajuda a identificar quem já está devendo valores altos e rodando por aí.

E como funciona nos outros estados?

Se São Paulo está na vanguarda, a realidade em outros locais é diferente. Muitos Detrans ainda usam métodos mais tradicionais, sem tanta integração tecnológica.

Nesses casos, a fiscalização costuma ser mais pontual, dependendo menos de dados cruzados e inteligência artificial. Naturalmente, isso pode acabar limitando a eficácia na hora de encontrar e remover veículos com multas acumuladas.

Enquanto o Detran-SP usa dados para ações estratégicas, em outros estados as operações ainda se concentram muito nas blitzes e fiscalizações localizadas. Vale lembrar que cada Detran tem autonomia para gerenciar seus procedimentos, definir prazos de pagamento, recursos e, claro, como executa o recolhimento de veículos.

A consequência final

Para o motorista, essa diferença de atuação entre os estados pode até confundir. Mas, existe uma consequência que é universal e implacável: o impacto no licenciamento.

Não importa onde você esteja, deixar de regularizar as multas impede o licenciamento do veículo.

E o que isso significa? Significa que o carro fica bloqueado. O proprietário não consegue transferir, não emite os documentos eletrônicos (CRLV-e) e, o pior de tudo, não pode circular legalmente com o automóvel.

A expectativa, porém, é que os outros Detrans comecem a seguir o exemplo paulista, adotando mais tecnologia para limpar as ruas desses infratores.

[Fonte Original]

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