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quarta-feira, novembro 12, 2025

Economia vai bem e sai do radar das principais preocupações dos brasileiros

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Quando as pessoas se preocupam muito com a economia é porque ela vai mal. Quando tudo caminha bem, é natural que o tema saia do radar — como mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. No ranking de preocupações dos brasileiros, a economia foi citada por 15% dos entrevistados, percentual bem distante dos 38% obtidos pela segurança, que lidera a lista. Esse resultado reflete as surpresas favoráveis em vários indicadores, como a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de setembro, divulgada hoje pelo IBGE, que registrou crescimento de 0,6%, acima do esperado pelo mercado. Foi o oitavo resultado positivo consecutivo, acumulando alta de 3,3% no ano. O volume de serviços está 19,95% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020 — o melhor resultado da série histórica.

O setor é fundamental: os serviços representam cerca de 70% do PIB, e a PMS cobre metade desse segmento, que é amplo e fragmentado. Chama atenção o crescimento de 1,2% no transporte, indicador de que outras atividades também se expandiram. Esse desempenho traz um dado animador para o fechamento do terceiro trimestre e já provoca revisões para cima nas projeções de crescimento da economia, como destacamos aqui no blog.

A inflação também surpreendeu positivamente. O IPCA de outubro, divulgado na terça-feira, variou apenas 0,009%, abaixo das expectativas do mercado. A alimentação no domicílio caiu 0,16%, registrando o quinto recuo consecutivo. Alimentos mais baratos aliviam o orçamento, especialmente das famílias de menor renda, abrindo espaço para outros tipos de consumo. Em março, a projeção para a inflação ao fim deste ano era de 5,68%, agora já analistas prevendo o IPCA até um pouco abaixo do teto da meta, que é de 4,5%. 

Ao cenário de inflação em baixa e mercado de trabalho aquecido, com desemprego em mínima histórica, se soma um mercado financeiro em forte recuperação. O Ibovespa bateu ontem seu 12º recorde consecutivo, alcançando 157.748 pontos. No ano, o índice acumula alta de 30,4%. Já o dólar fechou na terça-feira no menor nível em 17 meses, cotado a R$ 5,27. No acumulado do ano, o real se valorizou 16,63% frente à moeda americana. Em 30 de dezembro de 2024, um dólar valia  R$ 6,17.

Há diversos fatores externos contribuindo para o câmbio — como a perspectiva do fim do shutdown nos Estados Unidos —, mas também há motivos internos que explicam a melhora dos indicadores brasileiros em diferentes frentes da economia. E é muito bom quando a economia cresce, com a inflação baixa, desemprego baixo, e deixa de ser a principal preocupação do país.

[Fonte Original]

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