Popularidade de Milei sobe após resultado favorável em eleições legislativas

A aprovação de Milei subiu para 42,6% em novembro, de um ponto mais baixo do governo de 39,9% em outubro, de acordo com a LatAm Pulse, uma pesquisa realizada pela AtlasIntel para a Bloomberg News e publicada na terça-feira. Foi o primeiro aumento desde julho. Sua desaprovação caiu quase quatro pontos percentuais em outubro, para 52%.

Ao mesmo tempo, o número de entrevistados que disseram que o governo de Milei era “excelente” ou “regular” ultrapassou 50%, enquanto aqueles que a descreveram como “ruim” ou “muito ruim” caíram mais de cinco pontos percentuais, para 46,5%.

O aumento de popularidade de Milei vem depois que seu partido ganhou 41% dos votos do Congresso que estavam em disputa no concurso de meio de mandato da Argentina em 26 de outubro, bem acima dos 32% obtidos pela oposição peronista. Essa vitória marcou uma reviravolta chocante desde uma eleição local de Buenos Aires no início de setembro, quando o presidente sofreu uma perda de 14 pontos percentuais para seus arquirrivais.

A pesquisa também segue o movimento do presidente dos EUA, Donald Trump, de oferecer um pacote de ajuda sem precedentes à Argentina, incluindo uma linha de troca de moeda de US$ 20 bilhões. O governo Trump também prometeu reunir mais ajuda dos principais bancos de seu país. Milei aproveitou uma pequena parte do swap para estabilizar a moeda.

Embora as expectativas econômicas permaneçam pessimistas, as perspectivas melhoraram desde outubro. Sessenta e quatro por cento agora veem a economia como “ruim”, abaixo de 68%.

Quarenta e quatro por cento dos entrevistados esperam que a economia piore nos próximos seis meses, em comparação com 53% antes. Quarenta e um por cento agora esperam uma melhora, um aumento de sete pontos.

A atividade econômica da Argentina aumentou 5% em setembro em relação ao ano anterior, superando em muito todas as estimativas de analistas em uma pesquisa da Bloomberg. A última impressão sugere uma expansão do produto interno bruto de 0,5% no terceiro trimestre, dissipando temores de uma recessão, de acordo com a Bloomberg Economics.

Em 10 de dezembro, os aliados de Milei mais do que dobrarão sua representação no Congresso, já que dezenas de novos senadores e deputados assumirão seus papéis.

Os legisladores enfrentam o desafio de aprovar projetos de lei ambiciosos para revisar os onerosos códigos trabalhistas e fiscais da Argentina, além de aprovar um orçamento pela primeira vez desde que Milei assumiu o cargo. Os investidores estarão monitorando a legislação como sinais de saber se as reformas de livre mercado do presidente têm poder de permanência.