O governo federal divulgou neste domingo um balanço da realização do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. A abstenção foi de 26,6%, um pouco abaixo das duas últimas edições (28,1% no ano passado e 28,3% em 2022).
Os dados foram apresentados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, em entrevista coletiva.
Santana ressaltou que essa redução ocorreu mesmo com um salto entre o total de inscritos, que passou de 3,9 milhões para 4,3 milhões.
— Uma redução da ausência, um pouquinho menor do que comparada com 2023. Tem sido mais ou menos a média dos últimos anos — afirmou, acrescentando: — Lembrando que, do número de inscritos, nós tivemos um aumento de 2023 para 2024 de 105, mas de 2022 para 2024, nós tivemos um aumento de 27% de inscrições confirmadas no Enem.
O percentual dos alunos concluintes do Ensino Médio de escolas públicas que se inscreveram para realizar o Enem passou de 58%, no ano passado, para 94% neste ano. Em alguns estados, esse índice chegou a 100%.
Camilo Santana atribuiu esse dado ao programa Pé-de-Meia, que paga os alunos pela permanência no Ensino Médio, com uma parcela extra para a realização do Enem.
— Consideravelmente o efeito forte do programa Pé-de-Meia, que pagará o aluno inscritro que realizar as duas etapas da prova, pagará mais uma parcela extra para esses alunos. Teve estado que praticamente dobrou o número de alunos inscritos
Foram eliminados 4.999 participantes, por infrações como sair com a prova antes do horário permitido, utilizar equipamentos eletrônicos, não atender orientações dos fiscais ou ausentar-se antes do horário permitido.
Questionado sobre o fato de que imagens da prova passaram a circular em redes sociais depois do início da aplicação, mas antes de 18h, horário em que estudantes podem sair com o exame em mãos, o ministro citou um episódio que está sendo investigado pela Polícia Federal (PF):
— Por volta das 16h, uma pessoa tentou sair e teve que ter todo o procedimento por parte do que diz o edital. E ele está sendo interrogado e investigado pela Polícia Federal.
O presidente do Inep reforçou que a PF pode ser acionada para investigar casos do tipo:
— Quem entra em conflito com a organização da prova no local de aplicação, por exemplo saindo antes da hora permitida, ele é eliminado. Caso esse conflito alcance algum tipo de ameaça, há uma chamada da força policial. No caso de uma eventual circulação de imagens, a Polícia Federal é acionada para investigar, assim como foi feito no ano passado