A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, informou nesta quinta-feira que propôs a nomeação de Dan Katz, chefe do gabinete do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, como vice-diretor-gerente da entidade. A nomeação está sujeita à aprovação pelo Conselho Executivo.
Com formação pela Universidade de Yale e Universidade de Nova York, Katz retornou ao Tesouro após trabalhar na instituição durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump. Como principal assessor de Bessent, ele participa das discussões de parcerias internacionais do governo americano, incluindo as envolvendo Ucrânia e China.
Na iniciativa privada, Katz foi pesquisador no Instituto de Manhattan, além de ter trabalhado em um fundo de hedge macro global, como banqueiro de investimento no Goldman Sachs, e na assessoria do Comandante das forças dos EUA no Afeganistão.
A vaga de vice-diretor-gerente do FMI está em aberto desde a saída de Gita Gopinath, que deixou a função no fim do mês passado para retornar à Universidade de Harvard. A posição desempenha um papel crucial na gestão do FMI e na execução de programas de resgate financeiros. Por tradição, os EUA definem o “número 2” do Fundo, enquanto a liderança da entidade costuma ser ocupada por um nome escolhido por líderes europeus.
Em abril, Scott Bessent criticou a instituição ao afirmar que ela dedicava um “tempo desproporcional” a “questões climáticas, de gênero e sociais” e afirmou que ela deveria passar por uma “reforma” de suas atividades. Uma eventual chegada de Katz dará maior influência ao governo Trump e é esperado que ele siga a mesma linha adotada pelo secretário.
“Sua capacidade de construir relacionamentos com uma ampla gama de interlocutores será um importante ativo para o Fundo”, afirmou Georgieva ao anunciar a nomeação, que tem efeito a partir de 6 de outubro.