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domingo, novembro 2, 2025

Energia solar transforma campos e vidas no sul de Angola

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Em Baixa da Missão, no sul de Angola, uma simples bomba solar está a mudar vidas. O que antes eram campos secos e improdutivos transformou-se num mosaico verde de culturas abundantes.

Graças a um sistema de irrigação, alimentado por energia solar, e a programas de formação comunitária, agricultores estão a descobrir novas formas de enfrentar os desafios das alterações climáticas, assegurando alimento e rendimento para as suas famílias.

As Escolas de Campo do Exército abordam diversos problemas simultaneamente: escassez de água, saúde do solo, diversidade de culturas e cuidados com o gado.

Solução para tempos difíceis

Juliana, agricultora e mãe de seis filhos, perdeu o marido há alguns anos e enfrentava uma luta constante para alimentar a família. As chuvas irregulares e as longas secas deixavam o solo árido e os alimentos escassos.

Tudo mudou quando ela se juntou à Escola de Campo de Agricultores (FFS na sigla em inglês) de Chitaka, apoiada pelo programa Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola, Fresan, financiado pela União Europeia e implementado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agrário.

Com o apoio do projeto, o grupo de Juliana instalou uma bomba de água movida a energia solar, acoplada a um sistema de irrigação por gotejamento de baixa pressão. Essa tecnologia reduz a evaporação, direciona a água diretamente às raízes e garante um fornecimento constante mesmo durante períodos de seca.

Juliana, relatou orgulhosamente, como antes o seu grupo carregava baldes de água e nunca era suficiente; agora com a bomba solar, podem irrigar durante todo o ano, contribuindo para um melhor crescimento das plantas e maior eficiência de tempo e esforço.

O FFS garante que as práticas climáticas inteligentes se estendam para além do terreno de demonstração, chegando aos campos domésticos. Para Juliana, essas mudanças se traduziram em mais vegetais frescos e uma renda mais estável.

O FFS garante que as práticas climáticas inteligentes se estendam para além do terreno de demonstração, chegando aos campos domésticos. Para Juliana, essas mudanças se traduziram em mais vegetais frescos e uma renda mais estável.

Conhecimento que gera resiliência

Além da irrigação, as formações nas Escolas de Campo ensinam práticas agrícolas sustentáveis, como o uso de cobertura orgânica para conservar a umidade do solo e a rotação de culturas para melhorar a fertilidade.

Os agricultores também aprendem a aproveitar o estrume do gado como fertilizante natural, criando um ciclo produtivo e sustentável.
Juliana afirmou que o que aprendeu mudou a sua forma de trabalhar, pois “as colheitas são maiores e a terra mantém-se saudável”.

A abordagem integrada das FFS reforça a autonomia das comunidades. Além dos pequenos agricultores, facilitadores locais e técnicos de extensão rural são capacitados, garantindo que o conhecimento se espalhe e beneficie toda a região.

Colheitas que sustentam famílias e futuro

Com maior produtividade e colheitas mais previsíveis, famílias como a de Juliana conseguem agora garantir alimentação regular e alguma renda extra para despesas essenciais. Com felicidade, Juliana exprimiu como agora pode pagar os estudos aos seus filhos, dos quais os mais velhos já estão na universidade, e contar com o apoio dos mais novos que a ajudam no campo depois das aulas”.

O impacto é visível: hortas verdes onde antes havia terra seca, mercados locais mais abastecidos e comunidades mais fortes e unidas. Em Baixa da Missão, cada bomba solar e cada escola de campo representam mais do que uma inovação tecnológica; simbolizam esperança e autossuficiência.

Por meio da iniciativa FRESAN da FAO, mais de 7.425 pequenos agricultores foram treinados em mais de 30 Escolas de Campo para Agricultores.

Por meio da iniciativa FRESAN da FAO, mais de 7.425 pequenos agricultores foram treinados em mais de 30 Escolas de Campo para Agricultores.

Um futuro fértil sob o sol

O projeto Fresan já beneficiou mais de 7.400 pequenos agricultores em mais de 30 Escolas de Campo na região. Ao combinar energia limpa, práticas agrícolas inteligentes e formação prática, está a construir comunidades mais resilientes às mudanças climáticas.

O jardim de Juliana, banhado pela luz do sol e alimentado pela energia que vem dele, é um retrato do futuro que se quer para Angola: um futuro onde cada família possa colher não apenas alimentos, mas dignidade e oportunidades.

[Fonte Original]

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