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terça-feira, novembro 11, 2025

Bradesco lança certificadora de créditos de carbono em parceria com BNDES

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O Bradesco lançou nesta terça-feira (11), em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma empresa de certificação de crédito de carbono chamada Ecora. O anúncio foi feito durante evento na Casa Esfera, em Belém, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). A consultoria Aecom e o fundo Ecogreen também são parceiros da iniciativa.

A estrutura societária da certificadora, no entanto, ainda não foi definida e o volume de investimento também não foi compartilhado. O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que a operacionalização da empresa está prevista para meados de 2026. As companhias ainda negociam com outras duas partes privadas que ainda não foram reveladas, e as informações sobre a parceria e montantes aplicados serão divulgados apenas após a resolução das tratativas.

A Ecora terá estrutura própria com a plataforma Conservare e atuará dentro do mercado voluntário. O intuito do projeto, segundo o Bradesco, é reduzir a dependência de organismos internacionais no mercado de carbono e estabelecer padrões de governança adaptados às realidades dos biomas brasileiros.

Noronha também afirmou que o Brasil pode ser o principal “hub” de soluções de crédito de carbono no mundo. “Não há momento mais oportuno do que neste evento”, disse, em referência à COP30. “O lançamento da Ecora é um compromisso com a transparência, com a ciência e com o desenvolvimento sustentável.”

Noronha, do Bradesco: Brasil pode ser o principal “hub” de soluções de crédito de carbono no mundo — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

O CEO do Bradesco também salientou a necessidade de certificações que estejam adaptadas à realidade do Brasil. “As outras certificadores conhecem as realidades fora. Aqui nós temos conhecimento da realidade do Brasil.” Segundo ele, as certificadores internacionais não compreendem o funcionamento dos biomas brasileiros e, em especial, não sabem como lidar com a questão fundiária no país.

“A gente fez um plano de negócios relativamente conservador aqui dentro. Mas no cenário otimista é impressionante o que devemos ver de crescimento da demanda. O mercado regulado impulsionará isso. As empresas têm que estar prontas para o mercado regulado em 2030”, acrescentou Noronha.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, discursou em linha similar, e destacou que o brasileiro precisa perder a “mentalidade de vira-lata”, considerando que há um ciclo de expansão muito grande no mercado de carbono e que o país deve assumir a liderança no processo de exploração. “É hora de termos uma estratégia própria.”

Mercadante afirmou que a área de atuação da Ecora será maior do que apenas o Brasil. “A nossa vocação é o Sul global e países tropicais”, explicou. O presidente do BNDES ainda fez um comparativo com a sigla dos Brics e afirmou que a certificadora precisará criar um “BIC” (Brasil, Indonésia e Congo) com países que têm florestas tropicais.

Mercadante: área de atuação da Ecora será maior do que apenas o Brasil — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Mercadante: área de atuação da Ecora será maior do que apenas o Brasil — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

[Fonte Original]

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