Os índices dos Estados Unidos encerraram novembro em volatilidade, mas com alta no acumulado do ano. Nasdaq teve recuo de -1,64% e alta de +21,05% no ano. O S&P teve leve alta de +0,13%, e acumula ganhos de +16,45% no ano.
Na avaliação dos bancos e corretoras de investimento, novembro foi marcado pela preocupação dos investidores sobre a Inteligência Artificial.
Além disso, os índices refletiram as dúvidas quanto aos rumos da política monetária americana, com dados melhores de emprego contrastando com falas duras dos membros do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, e a expectativa sobre o corte nos juros. Este cenário, a análise das empresas e a projeção de desempenho guiaram as indicações de investimentos em ações internacionais para dezembro.
Não perca a oportunidade!
Em um cenário de juros ainda elevados nos Estados Unidos, assim como elevadas incertezas políticas, é importante que o investidor priorize empresas com receitas recorrentes, endividamento extremamente baixo, margens de lucro elevadas e com facilidade em crescer receitas e lucros sem a necessidade de gastar enormes quantias de recursos, avalia Ângelo Belitardo gestor da Hike Capital.
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Mensalmente, o InfoMoney compila as ações internacionais ou BDRs citados por corretoras e bancos. No levantamento, entram apenas os papéis mencionados em ao menos três carteiras diferentes.
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Veja a lista das ações gringas mais recomendadas para investir em dezembro, seus retornos mensais e o que fez os especialistas as indicarem:
| Empresa | N° de recomendações | Performance em 30 dias |
| Alphabet (GOGL34) | 3 | 12,67% |
| Amazon (AMZO34) | 5 | -4,63% |
| Berkshire Hathaway (BERK34) | 3 | 5,80% |
| TSMC (TSMC34) | 4 | -3,91% |
A Alphabet é uma holding que detém participações no Google. O BTG afirma que, apesar do rally recente, aumentou a exposição em 1% nesta ação com base nos avanços do Gemini, na maior competitividade dos chips (TPUs) e na integração com a plataforma de cloud que forma uma solução integrada em IA.
A ação é recomendada porque a Alphabet reportou um trimestre sólido, superando US$ 100 bilhões em receita, com avanço de 34% no Google Cloud, na comparação anual, destaca o BTG, e está se preparando para um ciclo recorde de investimentos em IA e data centers.
O Empiricus destaca que, depois de passar boa parte do ano sendo uma das piores Big Techs, a Alphabet se destacou assumindo o posto de terceira maior empresa do mundo, passando a Microsoft – e parte do mercado levanta a possibilidade de a empresa desbancar a Nvidia e assumir o pódio.
A Amazon é uma multinacional de tecnologia que opera serviços de compras online, principalmente na América do Norte. A empresa também controla o Amazon Web Services (AWS), que é uma companhia de vendas globais de serviços de computação, armazenamento, banco de dados e outros serviços para startups, empresas, agências
governamentais e instituições acadêmicas. A Amazon é varejista e marketplace, além de
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oferecer serviços de publicidade e assinaturas, por meio de lojas online e físicas.
Na análise do BTG, a Amazon é o principal destaque entre as Big Techs no terceiro trimestre. A empresa teve crescimento de 20% na AWS, na comparação anual, expandindo margens e com um guidance de lucro operacional acima do consenso.
Berkshire Hathaway (BERK34)
A Berkshire Hathaway é uma holding liderada pelo megainvestidor Warren Buffet, que investe em operações em seguros, energia, ferrovias, setor financeiro e bens de consumo. Suas principais posições são Apple (22,3%), American Express (18,9%), Bank of America (11,1%), Coca-Cola (10,9%) e Chevron (6,8%).
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Para o BTG, a Berkshire Hathaway “reforçou sua robustez estrutural”, com caixa recorde de US$ 382 bilhões. O banco alerta para a performance recente mais fraca, que reflete preocupações com a sucessão de Warren Buffett. Mas, de acordo com a instituição, “a liderança de Greg Abel tende a assegurar a continuidade estratégica de alocação eficiente de capital da holding em 2026”, afirma o relatório do BTG, assinado por Marcel ZAmbello, Luis Mollo, Bruno Henriques e Arthur Mota.
Na avaliação do Itaú BBA, a Berk34 negocia próximo à barreira de 138,75 e, caso a supere, entrará em um movimento de alta brusca de 149,80 e 157,75 – máximas históricas. “Para manter este potencial de altas, a BDR terá que continuar acima de 122,65”, avaliam Fabio Perina e Lucas Piza, que assinam o relatório do banco.
TSMC é sigla para Taiwan Semiconductor Manufacturing Co Ltd. Esta empresa, sediada em Taiwan, fabrica circuitos integrados e semicondutores.
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Segundo a XP, a empresa concluiu a transferência e produção em massa da tecnologia de 5nm e está envolvida na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia de processo de 3nm e 2nm. “A gama de aplicações de produtos abrange toda a indústria de aplicativos eletrônicos, incluindo computadores pessoais e produtos periféricos, produtos de aplicativos de informação, produtos de sistemas de comunicação com fio e sem fio, servidores e data centers”, diz o relatório da corretora.
Para o BTG, a empresa deve ser uma das principais beneficiárias da Inteligência Artificial e está sustentada pelos resultados positivos e avanços tecnológicos recentes, como o lançamento do chip A16.