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domingo, dezembro 7, 2025

Para de fumar é a melhor maneira de proteger sua saúde, mostra novo estudo

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Fumar menos cigarros não elimina o risco de doenças cardiovasculares, mas parar de fumar completamente é a estratégia mais eficaz para melhorar a saúde, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica PLOS Medicine.

O tabagismo é a principal causa evitável de doenças e mortes no Brasil e no mundo. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), mais de 16 milhões de americanos vivem com alguma doença relacionada ao tabagismo, o que torna o fumo um grande problema de saúde pública.

No novo estudo, pesquisadores da Johns Hopkins Medicine utilizaram variáveis ​​basais de um conjunto de dados padronizado desenvolvido pelo Grupo de Trabalho sobre Tabaco da Colaboração Intercohortes (Cross-Cohort Collaboration-Tobacco Working Group), que combinou dados de 22 estudos de coorte envolvendo 323.826 adultos, acompanhados por até 19,9 anos e documentando mais de 125 mil óbitos e 54 mil eventos cardiovasculares.

Em seguida, os pesquisadores aplicaram modelos de riscos proporcionais de Cox para avaliar as associações entre o histórico geral de tabagismo, o número de cigarros por dia e o tempo desde a cessação do tabagismo em relação aos desfechos cardiovasculares.

Dos mais de 323 mil adultos, com idade média de aproximadamente 60 anos, a maioria dos participantes era do sexo feminino (76%). Entre eles, 14% eram fumantes atuais, 36% nunca fumaram e 49% eram ex-fumantes de cigarros convencionais.

Um modelo multivariável foi ajustado para idade, sexo, raça, etnia e escolaridade. Um segundo modelo multivariável foi ajustado para nove covariáveis ​​harmonizadas, incluindo índice de massa corporal, diabetes, histórico de doença coronariana na linha de base e qualquer consumo de álcool. O grupo de referência para todas as análises foi composto por indivíduos que nunca fumaram.

Os resultados deste estudo apresentam uma das maiores e mais detalhadas análises até o momento sobre os efeitos de diferentes níveis de tabagismo em desfechos cardiovasculares, de mortalidade por causas específicas e por todas as causas.

“Pesquisas anteriores já haviam estabelecido que o tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, mas a relação exata entre a intensidade do tabagismo e os desfechos de saúde permanecia incerta, especialmente para o tabagismo leve”, afirma Michael Blaha, diretor de pesquisa clínica do Centro Ciccarone para a Prevenção de Doenças Cardiovasculares da Johns Hopkins e autor correspondente do estudo. “Este estudo mostra que mesmo baixos níveis de tabagismo — por exemplo, apenas alguns cigarros por dia — acarretam riscos cardiovasculares substanciais” completa.

Parar de fumar completamente — e não apenas reduzir o consumo — proporciona o maior benefício para a saúde.

Além disso, esses resultados fornecem estimativas específicas que mostram o nível de risco que ex-fumantes e fumantes atuais enfrentam, especialmente aqueles que fumam apenas alguns cigarros por dia, utilizando três fatores — há quanto tempo a pessoa fuma, quantos cigarros fuma por dia e há quanto tempo parou de fumar — cada um relacionado ao risco de doença cardíaca e morte.

“Nossos resultados ilustram a complexa relação entre a quantidade de cigarros fumados ao longo do tempo e o tempo decorrido desde que a pessoa parou de fumar”, afirma Blaha. “Esses resultados, que destacam o forte valor preditivo de um maior tempo desde a cessação do tabagismo, reforçam a necessidade crucial de educar o público e promover a cessação precoce do tabagismo como uma das estratégias mais eficazes para reduzir o risco dessa doença mortal.”

[Fonte Original]

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