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sexta-feira, outubro 18, 2024

Eleições EUA: Trump diz que invasão do Capitólio por seus apoiadores foi um ‘dia de amor’

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O ex-presidente Donald Trump descreveu o ataque ao Capitólio, no dia 6 de janeiro de 2021, como um “dia do amor”, afirmando que centenas de milhares de pessoas viajaram para Washington não por sua causa, mas “por conta da eleição”. Na ocasião, milhares de apoiadores do republicano invadiram a sede do Legislativo americano na tentativa de impedir a realização da sessão que formalizaria a vitória de Joe Biden em 2020. Cinco pessoas morreram e cerca de 140 policiais ficaram feridos.

A resposta veio após um republicano que estava na plateia do evento em Miami afirmar que queria dar ao ex-presidente a chance de “reconquistar o seu voto”, devido os seus receios sobre o 6 de janeiro, informou a agência Reuters. Trump participava de um evento público em Miami na quarta-feira, exibido pela rede Univision.

— Eles pensaram que a eleição foi uma eleição fraudada, e é por isso que eles vieram — afirmou o republicano na sessão de perguntas e respostas com eleitores latinos. — Foi feito nada de errado. E uma ação foi tomada. Uma forte ação.

O magnata disse também que os invasores não estavam armados:

— Não havia armas lá, não tínhamos armas, os outros tinham armas, mas nós não tínhamos armas.

Trump defendeu “eleições honestas” em novembro e, diante da pergunta sobre o que faria para unir os americanos, respondeu que “o que unirá o nosso país é o sucesso”. Ele também culpou o seu ex-vice-presidente Mike Pence, essencial para barrar os planos do magnata de impedir a posse de Biden. O magnata disse ter discordado “totalmente dele [Pence] sobre o que ele fez.” No dia do ataque, Pence se recusou a embarreirar a sessão do Congresso que iria chancelar a vitória do democrata e teve de se esconder na invasão ao Capitólio. O ex-vice cogitou enfrentar Trump nas primárias, mas desistiu.

O republicano responde por quatros acusações por seus esforços para permanecer no cargo após sua derrota nas eleições de 2020 e seu papel nos eventos que levaram ao ataque do Capitólio. Três são de conspiração em conexão com seu esforço para permanecer no poder. O magnata também foi acusado de tentar obstruir um processo oficial — a certificação dos resultados pelo Congresso. Ele também é acusado de interferir nas leis do estado da Geórgia, um importante estado-pêndulo nas eleições americanas, onde perdeu para Biden em 2020.

Apesar disso, Trump ainda não reconhece sua derrota há quase quatro anos e costuma repetir mentiras sobre o pleito de 2020. Quando questionado se aceitará o resultado das eleições marcadas para 5 de novembro deste ano, na qual enfrentará a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, costuma ser evasivo.

Mas, no primeiro e único debate contra Kamala, transmitido pela rede ABC em 10 de setembro, Trump chegou a tentar se desvencilhar de uma pergunta sobre seu papel na invasão, afirmando que “não tive nada a ver com isso”. Ele responsabilizou a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi pela falta de segurança.

— Espero que um dia talvez tenhamos seu voto — disse Trump ao finalizar o discurso, acrescentando: — Parece que talvez eu não consiga, mas tudo bem também.

Ao menos 17,5 milhões de hispânicos votarão na eleição presidencial, o que pode fazer a diferença, especialmente nos sete estados-pêndulo, onde o histórico das últimas eleições não está definido.

Imigração e ataque à Kamala

Durante o evento, o ex-presidente também abordou a imigração, aproveitando para repetir sua retórica agressiva contra imigrantes.

— Milhões de pessoas estão chegando de instituições psiquiátricas, estão esvaziando os hospitais psiquiátricos (…), estão esvaziando as prisões — reiterou, antes de afirmar que estas pessoas tiram os empregos dos afro-americanos e hispânicos, uma declaração desmentida por especialistas.

Trump voltou a mencionar as alegações já desmentidas de que imigrantes haitianos estavam comendo animais de estimação de moradores em Ohio. À plateia, ele afirmou que estava “apenas dizendo o que foi relatado”, informou a Reuters. A alegação surgiu no primeiro e único debate entre o republicano e Kamala, transmitido pela rede ABC em 10 de setembro. Na ocasião, Trump disse:

— Em Springfield, eles estão comendo os cachorros, as pessoas que chegaram estão comendo os gatos. Eles estão comendo os animais de estimação das pessoas que vivem lá.

O republicando também voltou a questionar a mudança climática, dizendo que “o verdadeiro aquecimento global com o qual temos que nos preocupar é o nuclear”. E reconheceu que a pergunta mais difícil foi a última, quando uma mulher pediu para que citasse três virtudes de Kamala.

— Não sou fã (…) mas ela parece ter uma habilidade para sobreviver, porque se retirou das primárias democratas para as eleições de 2020 e agora é candidata à presidência — observou, acrescentando que a democrata “parece ter algumas amizades há muito tempo e isso é uma coisa boa”.

Na semana passada, a mulher fez a mesma pergunta à democrata, que respondeu: “Acho que Donald Trump ama sua família e acredito que isso é muito importante. Mas realmente não o conheço, para ser sincera. Não tenho muito mais a dizer”. (Com AFP)

[Fonte Original]

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