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sexta-feira, outubro 18, 2024

Dólar à vista encerra em leve baixa mesmo com nova decepção com a China

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O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira (17) em leve baixa, bem próximo à estabilidade. Em boa parte das negociações, o câmbio se manteve estável mesmo em uma sessão marcada por dados mais fortes da economia americana e diante de novas decepções dos investidores com os estímulos à China.

Terminadas as negociações, o dólar à vista exibiu depreciação de 0,08%, a R$ 5,6596, depois de encostar na mínima de R$ 5,6580 e tocar a máxima de R$ 5,6880. Já o euro comercial encerrou a sessão em queda de 0,35%, a R$ 6,1283. No exterior, perto das 17h15, o índice DXY exibia alta de 0,20%, aos 103,798 pontos.

A sessão de hoje começou com dólar valorizado, ainda que em magnitude contida. Mais uma vez notícias sobre o setor imobiliário na China pesaram para os preços das commodities e para moedas ligadas à economia chinesa. O contrato futuro do minério de ferro para janeiro de 2025 teve queda de 6% na bolsa de Dalian.

Além da China, seguiram no radar dos agentes financeiros a questão fiscal brasileira e as eleições americanas. No caso desta última, a Wagner Investimentos mantém o alerta para o câmbio. “Vitória da [democrata Kamala] Harris tende a deixar o dólar mais fraco, e a vitória do [republicando Donald] Trump tende a deixar o dólar mais forte”. A consultoria lembra que, pelos sites de apostas, Trump ganhou muita força desde a semana passada e isso favoreceu o dólar, juntamente de dados mais fortes da economia dos EUA.

Ainda que o nível de R$ 5,70 possa ser considerado uma barreira psicológica, o superintendente de tesouraria do Banco Daycoval, Luiz Fernando de Gênova, entende que há espaço para superar esse patamar, não só por questões locais, mas principalmente pela dinâmica global de dólar mais forte. “Vimos nos últimos dias o DXY saindo de 100 pontos para perto dos 105 pontos. Um movimento bem relevante. Quando olhamos os outros pares, percebemos movimentos de desvalorização semelhante no México e no Chile, por exemplo”, afirma.

“No caso do nosso câmbio, vimos o dólar oscilando entre R$ 5,40 e R$ 5,60 nos últimos meses e, quando encostou em R$ 5,40, o investidor estrangeiro desfez um pouco da sua posição comprada [em dólar no mercado de derivativos]. Mas parte disso já foi recomposto, com a posição voltando a ficar acima de US$ 70 bilhões.”

O executivo do Banco Daycoval afirma que essa retomada da posição comprada em dólar no mercado de derivativos foi resultado da confluência de fatores externos e internos. Lá fora, além de um ajuste na perspectiva em relação ao ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), houve uma frustração em virtude dos estímulos da China e uma maior incerteza em torno das eleições americanas. No caso do Brasil, o que mantém pressão dos ativos é a incerteza fiscal.

“Colocando na ordem de prioridade, o mercado vai se manter focado no cenário externo. Com uma maior estabilidade por lá, deve-se voltar a olhar para cá, para nossa política monetária e fiscal”, afirma. “No caso desta última, o mínimo de esforço [nos programas de corte de gastos] traria um ‘upside’ para o mercado local”. O superintendente do Daycoval diz que, apesar da perspectiva de aumento do diferencial de juros, o “carry-trade” do real perde atratividade diante da maior volatilidade da moeda.

[Fonte Original]

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