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sexta-feira, outubro 18, 2024

Juros futuros têm alívio no fim da sessão e taxas ficam perto da estabilidade

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Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira (17) próximos dos ajustes da véspera, revertendo, no fim da sessão, o estresse observado na curva a termo mais cedo. Operadores creditam o alívio no fim do dia à leve melhora do câmbio e a uma oscilação natural das taxas em um dia sem fatores domésticos para direcionar o mercado. Desta forma, os juros futuros se descolaram do movimento de alta das taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que subiram acompanhando dados fortes de atividade e mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Ao fim da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento para janeiro de 2026 fechou em alta marginal de 12,645%, do ajuste anterior, para 12,65%; a do DI de janeiro de 2027 recuou de 12,815% a 12,805%; a do DI de janeiro de 2029 avançou de 12,835% a 12,84%; e a do DI de janeiro de 2031 aumentou de 12,80% a 12,83%.

Nos EUA, a taxa da T-note de dois anos teve alta moderada de 3,95% a 3,982%, enquanto a da T-note de dez anos avançou de 4,018% a 4,096%.

Lá fora, o avanço de 0,4% das vendas no varejo americano em setembro e a queda firme dos pedidos semanais por seguro-desemprego, de 260 mil para 241 mil, reforçaram a narrativa de que a maior economia do mundo segue robusta e, por isso, não requer um ciclo de flexibilização monetária muito agressivo do Federal Reserve (Fed).

Com isso, as taxas dos Treasuries foram pressionadas devido à precificação de menos cortes de juros nos Estados Unidos, o que teve reflexos na curva de juros local.

Além do cenário externo, o desconforto dos participantes do mercado com a questão fiscal segue no centro das atenções dos agentes, que continuam a exigir prêmios de risco adicionais no mercado de juros. O movimento, inclusive, se reflete no comportamento dos títulos prefixados. No leilão desta quinta-feira, algumas LTNs foram emitidas a taxas acima de 13%, em um reforço à piora na percepção de risco doméstico.

Passado o momento de maior estresse na sessão, investidores aproveitaram o nível elevado dos juros para retirar parte do prêmio de risco precificado na curva, ajudado por um comportamento contido do real, de acordo com um operador de renda fixa. Nas últimas sessões, a depreciação da taxa de câmbio local foi um dos fatores que pressionaram os juros futuros.

Para outro operador de uma instituição financeira local, parte do movimento de zeragem de posições (“stop-loss”) que tem pesado sobre a curva recentemente se esgotou hoje, o que abriu espaço para a melhora no fim do dia.

Ele nota, contudo, que o dia foi marcado pela ausência de fatores locais para guiar o mercado de juros, que segue atento à dinâmica da política fiscal doméstica. Participantes do mercado ouvidos sob condição de anonimato pontuam que há um amplo pessimismo entre os investidores, que já não esperam medidas significativas de corte de gastos pelo governo, o que pode ampliar o estresse visto recentemente nas taxas futuras.

— Foto: Dimitri K/Pixabay

[Fonte Original]

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