“Lembro-me exatamente do momento em que ela me disse: ‘você precisa ler este livro e fazer algo a respeito'”, afirmou o primeiro-ministro da Austrália do Sul, Peter Malinauskas, a repórteres em Adelaide na sexta-feira, um dia depois que o Parlamento federal do país aprovou uma proibição nacional das redes sociais para jovens com menos de 16 anos.
“Não previ que isso aconteceria tão rapidamente”, acrescentou.
A busca pessoal de Malinauskas para restringir o acesso dos jovens às mídias sociais em seu Estado, que representa apenas 7% dos 27 milhões de habitantes da Austrália, para a primeira proibição nacional do mundo levou apenas seis meses.
A velocidade ressalta a profunda preocupação do eleitorado australiano com a questão. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, realizará uma eleição no início de 2025.
Uma pesquisa YouGov do governo australiano revelou que 77% dos australianos apoiam a proibição das mídias sociais para menores de 16 anos, em comparação com 61% em agosto, antes do anúncio oficial do governo. Apenas 23% se opõem à medida.
“Tudo se originou aqui”, disse Rodrigo Praino, professor de política e políticas públicas da Universidade Flinders, da Austrália do Sul.