O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, negou que existam presos políticos no país e alegou que os detidos em meio à crise pós-eleitoral de julho são pessoas que cometeram ataques e “mataram”.
“Dizem que são presos políticos, mas não são presos políticos, são pessoas que queimaram, que atacaram, que ameaçaram, que agrediram, destruíram e mataram”, declarou o líder do regime chavista em um evento político, nesta quinta-feira (19).
Maduro afirmou que “nem o terror nem o fascismo triunfaram [na Venezuela], mas a paz e a vida”.
Desde as eleições denunciadas por fraude, em julho, várias ONGs e organizações internacionais informaram sobre uma escalada de repressão na Venezuela, quando eclodiram protestos contra o resultado oficial que deu a Maduro a reeleição.
A vitória foi contestada por grande parte da comunidade internacional e pela oposição, que apresentou atas eleitorais mostrando outro cenário, que indicava uma derrota de Maduro nas urnas.
Nesta quinta-feira, a ONG venezuelana Provea solicitou a concessão de uma medida humanitária para a libertação de presos políticos, cujo número atual no país, segundo outra ONG, a Foro Penal, é de 1.877.
Na segunda-feira, o Ministério Público informou que 533 pessoas detidas após as eleições foram libertadas após um pedido ao Poder Judiciário.