Astronautas podem perder até 1,5% da densidade óssea por mês no espaço e ter visão afetada. Com a ausência de gravidade, mudanças na redistribuição de fluidos corporais podem causar uma condição chamada Síndrome Neuro-ocular Associada ao Voo Espacial, afetando a visão permanentemente.
A ausência de gravidade pode causar redistribuição dos fluidos corporais, afetando o fluxo sanguíneo e aumentando a pressão intracraniana. Estudos indicam que a microgravidade pode enfraquecer o tecido cardíaco humano, comprometendo a função cardiovascular.
Impactos psicológicos também preocupam a equipe da Nasa em terra. O confinamento, o isolamento e a distância da Terra podem levar a estresse, afetando o bem-estar mental dos astronautas.
Thomas Reiter, astronauta alemão aposentado, destacou os desafios enfrentados em missões prolongadas. “Quando eles voltarem, não poderão ir para a pista de dança, como qualquer outra pessoa”, afirmou, ressaltando os efeitos da microgravidade no sistema musculoesquelético.
A ISS garante suprimentos básicos e suporte psicológico para mitigar os efeitos do isolamento. Reabastecimentos regulares fornecem alimentos, água e oxigênio, enquanto a rotina científica dos astronautas ajuda a manter o bem-estar mental. Wilmore e Williams, por exemplo, se integram ao trabalho contínuo de pesquisa da estação.
Relembre o caso
Williams e Wilmore viajaram à ISS em junho como parte de um voo de teste da cápsula. A missão deveria ser curta, mas, devido a uma série de falhas, a Nasa ainda não definiu com precisão como e quando ocorrerá o retorno dos astronautas.