Em 2018, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) enviou a sonda Parker Solar Probe para sobrevoar o Sol e coletar informações importantes sobre sua estrutura e seus processos internos. Quase sete anos depois, durante a véspera deste Natal, ela atingirá o ponto mais próximo do Sol.
Na próxima terça-feira, 24 de dezembro de 2024, a Parker Solar Probe passará a apenas 6 milhões de quilômetros da superfície solar. Será o instrumento de tecnologia humana que mais se aproximou do Sol. A agência espacial explica que a viagem causará um problema de comunicação com a nave; ela perderá contato por alguns dias, até o fim do sobrevoo.
Até o momento, a Parker Solar Probe é a sonda que mais conseguiu realizar aproximações durante suas viagens e observações do Sol. Inclusive, a nave chegou a alcançar a velocidade de 690 mil quilômetros por hora em uma dessas aproximações.
Não é à toa que é a sonda de observação solar mais rápida já construída pela NASA. Ela foi projetada para suportar altíssimas temperaturas, resistindo a até 1.371 graus Celsius.
“Será o marco da aproximação mais próxima da humanidade a uma estrela, o ápice de quase 70 anos de esforços para desvendar os segredos do Sol. Desde como o vento solar é gerado em sua fonte até o mistério de como a corona solar é aquecida a temperaturas extremas, essa missão pioneira tem solucionado alguns dos enigmas mais intrigantes do Sol. E as descobertas continuam surgindo”, a NASA explica em comunicado.
Parker Solar na véspera de Natal
Além de ficar mais próximo na véspera de Natal, as próximas aproximações acontecerão nos dias 22 de março e 19 de junho de 2025. Os cientistas sugerem que a sonda talvez alcance uma proximidade ainda mais impressionante nas viagens seguintes, mas provavelmente não será muito maior do que a registrada na véspera de Natal.
Em uma publicação oficial, a equipe da Parker Solar Probe afirmou que o objetivo dos cientistas é coletar dados para entender por que a coroa solar é centenas de vezes mais quente que a superfície da estrela. Além disso, também buscam aprofundar o conhecimento sobre o vento solar, partículas carregadas e outras características do Sol.
Apesar de ajudar a responder diversas perguntas importantes sobre a estrutura do Sol, os pesquisadores sugerem que os dados coletados provavelmente também levantarão novas questões para serem exploradas em futuras missões.
“Seis anos em sua missão de sete anos, a Parker tem ajudado cientistas a resolver os mistérios mais difíceis sobre o Sol: como o vento solar é gerado em sua fonte, como a coroa solar é aquecida a temperaturas extremas e como as ejeções de massa coronal são formadas e estruturadas”, a NASA acrescenta.
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