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Críticas de todos os lados
A decisão da Meta de encerrar parcerias com verificadores de fatos nos Estados Unidos e adotar moderação comunitária provocou um alerta de 71 organizações de checagem de fatos de todo o mundo. Em carta aberta, o grupo, liderado pela International Fact-Checking Network (IFCN), classificou a mudança como “um retrocesso” na luta por informações precisas e confiáveis na internet.
A IFCN, parte do instituto de mídia sem fins lucrativos Poynter, destacou que a moderação comunitária, inspirada no sistema de Elon Musk no X, pode ser complementar, mas não substitui o trabalho de profissionais. “Plataformas cheias de fraudes e boatos afastam usuários e anunciantes”, escreveram.
A mudança ainda impactará financeiramente as organizações que dependem das parcerias da Meta, que ainda mantém programas semelhantes em mais de 100 países. Embora a empresa não tenha anunciado cortes globais, o grupo teme consequências graves caso a iniciativa seja expandida.
Com mais de 3,3 bilhões de usuários diários, a Meta detém 20% do mercado digital de anúncios nos EUA, mas críticos alertam que a desinformação crescente pode prejudicar a confiança no ecossistema digital da empresa. A Meta, até o momento, não comentou as críticas.
Crise hídrica global
O relatório Global Water Monitor 2024 revelou que o aquecimento global está levando o ciclo da água a extremos climáticos inéditos. Em 2024, mais de 8.700 mortes, o deslocamento de 40 milhões de pessoas e perdas econômicas acima de US$ 550 bilhões foram causados por secas históricas e inundações catastróficas.
Segundo o estudo, liderado pelo professor Albert van Dijk, da Australian National University, 2024 foi o ano mais quente já registrado para quase 4 bilhões de pessoas. A temperatura média da superfície terrestre está 2,2°C acima dos níveis pré-industriais, com impactos severos nos sistemas hídricos. Extremos de chuva e seca se intensificaram: recordes mensais de precipitação foram 27% mais frequentes, enquanto extremos de seca aumentaram 38%.
Além disso, as mudanças no ciclo da água prejudicaram rotas de transporte, produção de alimentos e geração de energia hidrelétrica. Apesar das promessas de líderes globais para limitar o aquecimento a 1,5°C, a Organização Meteorológica Mundial alerta que há 80% de chance de ultrapassarmos esse limite em pelo menos um dos próximos cinco anos.
A busca pela imortalidade: uma obsessão que virou documentário
Conhecido por investir milhões em saúde (no caso, a sua própria), o empresário Bryan Johnson, do Vale do Silício, é o tema do documentário da Netflix “O Homem que Quer Viver para Sempre”. A produção oferece um mergulho em sua rotina rigorosa e sua controversa busca pela longevidade extrema.
Johnson, que se autodenomina “o homem mais medido da história”, segue um protocolo intensivo recomendado pelo consultor Dr. Oliver Zolman, com ênfase em testes diários, dezenas de suplementos e uma dieta restrita de 1.950 calorias. Ele admite sentir fome constante e descreve a última mordida do dia como “a parte mais triste”.
Entre os métodos inusitados que já tentou estão a injeção de plasma de seu filho adolescente, que não trouxe benefícios, e um procedimento estético mal-sucedido com gordura de doador para rejuvenescer o rosto. Apesar dos tropeços, Johnson diz que está “mostrando o que é possível” ao reduzir seu ritmo de envelhecimento para o equivalente a 0,69 ano por ano.