18.5 C
Brasília
quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Dólar encerra sessão em alta em dia de baixa liquidez e com investidor à espera de posse de Trump

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

O dólar à vista encerrou a sessão em leve alta nesta sexta-feira, bem próximo da estabilidade, em um dia marcado por volatilidade mais alta e menor liquidez. Dados mais fortes da indústria americana deram força ao dólar, enquanto o que ajudou a aliviar foi o relato do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre sua conversa com o presidente da China, Xi Jinping, em uma ligação nesta sexta. No fim das negociações o dólar seguiu mais forte, possivelmente com os agentes financeiros mais na defensiva, dias antes da posse de Trump.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,20%, cotado a R$ 6,0655, depois de ter tocado a mínima de R$ 6,0285 e encostado na máxima de R$ 6,0904. Na semana, o dólar à vista teve queda acumulada de 0,59%. Já o euro recuou 0,03% na sessão, terminando a R$ 6,2329, enquanto caiu 0,28% na semana. Já o dólar futuro para fevereiro operava em alta de 0,36% perto das 18h, cotado a R$ 6,0890, tendo sido negociados US$ 9,8 bilhões até o horário, enquanto a média de dezembro estava em torno de US$ 16,7 bilhões.

Assim, a sessão de hoje foi marcada por uma liquidez mais baixa e, possivelmente por isso, houve uma dificuldade do dólar em estabelecer uma direção. Ainda pela manhã, antes da divulgação dos dados da indústria nos EUA, a moeda americana passou a ganhar tração, principalmente contra divisas ligadas a commodities. Após os dados mais fortes da indústria, a moeda americana continuou firme, mas, depois da publicação de Trump em rede social sobre sua ligação com o presidente da China, houve uma melhora em alguns mercados (ligados a commodities), e o real passou a apreciar. A dinâmica, no entanto, não se sustentou durante a sessão.

Estrategistas do banco BBVA lembram que, depois de desempenhos melhores das moedas da América Latina no início deste mês, o nível de defesa entre os investidores está aumentando antes da posse de Donald Trump. “As moedas da América Latina estavam entre as que tiveram o pior desempenho na quinta-feira, apesar da queda nos rendimentos dos Treasuries e nos preços das commodities em alta”, afirma. “É provável que a volatilidade continue acentuada pela menor liquidez na segunda-feira durante o feriado nos EUA, quando Donald Trump toma posse”, ainda segundo os profissionais, em nota.

O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, diz que os agentes financeiros não estão “querendo pagar para ver”, por isso preferem ficar posicionados em dólar até que se inicie o novo governo Trump. “Mas se não forem concretizadas as medidas anunciadas em campanha, não espero uma melhora bruta das moedas, e sim algo mais gradativo. Até porque é difícil de dizer como vai ser essa relação com a China, porque esse embate não é novo”, afirma. “Mesmo com essa ligação de hoje, o mercado ainda tem um pé atrás até pelo mandato anterior, com a guerra comercial com os chineses.”

Jé em relação ao local, nesta semana Velloni diz que o passo para trás dado pelo governo em relação ao PIX mostra como o governo terá dificuldade em conseguir levar pautas de austeridade no Congresso, caso queira. “São medidas impopulares, e a história desta semana mostra o quanto a parte política se sobrepõe à parte técnica. Por isso, vejo problemas para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguir atuar de forma mais incisiva em cima do fiscal daqui para frente, o que não deve ser positivo para nossa moeda.”

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img