Piora de cenário
A depreciação cambial, a maior inércia carregada de 2024 e a piora das expectativas levou o Bradesco a elevar sua projeção para o IPCA de 2025 de 4,9% para 5,7%. Em sua revisão de cenário, o banco avalia ainda que “os próximos meses marcarão a pior combinação entre inflação e atividade dos últimos períodos”, com desaceleração firme do crescimento econômico. Os economistas do banco baixaram a projeção de crescimento econômico de 2,2% para 1,9% este ano, citando sinais de desaceleração se avolumando desde o fim do ano e também uma desaceleração do impulso fiscal. Já a projeção do câmbio para o fim do ano se manteve em R$ 6. “A formação bruta de capital fixo tende a ser a mais afetada pelo atual ambiente de juros elevados, após um ano de forte aceleração. Já o consumo das famílias encontrará algum suporte na massa salarial, mas apresentará desaceleração na esteira do aumento da taxa de desemprego e da menor expansão do crédito.” Para 2026, a estimativa para o IPCA saiu de 3,0% para 3,4%. Já a projeção para o PIB passou de 1,0% para 1,3%.