No ano passado, eu perguntei se “havia o que melhorar” no Galaxy S24 Ultra. Isso porque o celular chegou em um nível de maturidade alto quando a gente fala de hardware, mas ele foi o primeiro a lançar o Galaxy AI no mercado. A Samsung volta neste ano com o Galaxy S25 Ultra, que é muito mais parecido com o S24 Ultra do que aparenta.
O novo modelo é melhor, é claro, mas ele traz melhorias pontuais e deixa de fazer saltos grandes entre as gerações. A câmera de 200 MP, por exemplo, estreou no S23 Ultra, e o Space Zoom de 100x foi lançado no S20 Ultra.
O S25 Ultra é uma estreia importante para a Samsung, mas eu diria que o principal destaque desses últimos dois anos ficou mais para o software e a inteligência artificial do que para as grandes mudanças no hardware.
Design
O novo Galaxy S25 Ultra é parecido com o S24 Ultra em muita coisa, e o design é uma delas. Mas a Samsung fez mudanças neste quesito: o celular agora não tem mais cantos pontiagudos, deixando tudo um pouco mais arredondado e uniforme. Confesso que prefiro esse novo visual, mas também gosto bastante do anterior.
Ele vem com todas as laterais da moldura planas, dessa vez, trazendo o titânio de grau 5 que promete ser 29% mais resistente a quedas — os botões são de alumínio. Ele também tem o Gorilla Armor 2 nos dois lados, prometendo mais durabilidade.
O S25 Ultra está 15 gramas mais leve e é milimetricamente mais fino e menor que o S24 Ultra. A moldura da parte frontal também ficou ainda mais fina e a tela um pouquinho maior. Mas é difícil perceber isso, ela já era super fina no celular do ano passado.
- Dimensões e peso do Galaxy S25 Ultra: 77,6 X 162,8 X 8,2mm, 218g.
Os aros das câmeras traseiras também estão maiores e mais saltados, e eles não são exatamente conectados à carcaça do celular. Ficou mais próximo do Z Fold 6, ainda que seja uma mudança bem pequena.
A Samsung continua com a certificação IP68 contra água e poeira, o que sempre foi algo muito bom e cumpre o propósito para a maioria das pessoas. Ela foi uma das primeiras a lançar uma certificação do tipo em celulares, então eu esperava ver a adoção do IP69, como outras fabricantes estão fazendo.
Já a S Pen teve um downgrade neste ano e perdeu o Bluetooth. Assim você não pode mais tirar fotos de longe, gravar vídeos, controlar mídias ou usar os gestos. Pouca gente usava esse recurso, segundo a Samsung, por isso ele foi retirado.
A primeira S Pen com Bluetooth chegou no Galaxy Note 9, em 2018. Eles também lançaram um kit de desenvolvimento (SDK) para os desenvolvedores usarem as funções nos seus apps, mas não consigo me lembrar de muitos que tiraram proveito.
Pessoalmente, eu não usava os gestos com frequência nas gerações anteriores. Mas sempre que precisava fazer uma foto de longe, eu lembrava que podia usar a S Pen para controlar o obturador. Era legal e cômodo saber que estava ali, então dá para entender a galera que faz parte das “poucas pessoas” que usavam mesmo e que não curtiram a mudança.
Isso também faz a gente refletir um pouco sobre essa decisão. Foi só a baixa popularidade com o público, com os desenvolvedores de apps ou os dois? Ou talvez pode até ter sido uma escolha mais de negócio da Samsung, já que o Galaxy Ring e o Watch também têm aqueles gestos de pinça. Enfim, o fato é que a S Pen perdeu recursos nesta geração.
Tela e multimídia
A tela do Galaxy S25 Ultra é ainda maior que a do S24 Ultra, mas eu acho difícil alguém notar isso sem ter os dois smartphones lado a lado. No lugar de 6,8 polegadas, ele agora tem 6,9 polegadas. Ela, continua gigantesca, mas com um aproveitamento ainda melhor do corpo do celular que tem bordas mais finas.
A Samsung não mexeu em mais nenhum outro ponto da tela do S25 Ultra. Ela segue com a tecnologia AMOLED Dinâmico 2X, resolução Quad HD+, pico de brilho de 2.600 nits e suporta HDR10 e HDR10+, mas não tem Dolby Vision. E o leitor de impressões digitais ultrassônico, que é bem rápido, também está aqui.
- Tela: 6,9” QHD+ (3120 x 1440p), LTPO 1~120 Hz, 2.600 nits.
Ou seja, continua sendo uma ótima tela para fazer tudo, como trabalhar, assistir ou jogar. As telas da linha Ultra são uma assinatura da Samsung, que aqui oferece alto contraste, tons pretos profundos e um vidro antirreflexo. Esse último faz uma boa diferença quando você está usando o celular e o Sol está refletindo na tela, porque ele deixa mais legível.
Tudo isso você também encontra no S24 Ultra — com exceção do aumento milimétrico de tamanho e o novo Gorilla Armor 2, é claro. Eu também não percebi nenhuma mudança em relação ao som do novo celular, ele continua muito bom, com volume alto e bastante nítido.
Desempenho e bateria
A principal diferença de hardware entre o S25 Ultra e o S24 Ultra é o chipset. Toda a linha S25, na verdade, traz o Snapdragon 8 Elite for Galaxy, reforçando mais uma vez a parceria entre Samsung e Qualcomm.
- Chipset: Snapdragon 8 Elite for Galaxy, 2 núcleos de 4,47 GHz, 6 núcleos de 3,53 GHz.
Essa versão tem clock um pouquinho maior que o 8 Elite padrão (4,32 GHz), chegando em até 4,47 GHz. A promessa, em comparação com o celular anterior, inclui melhorias de 37% na CPU, 30% na GPU Adreno 830 e 40% na NPU.
O novo modelo também tem 12 GB de RAM e opções com 256 GB, 512 GB ou 1 TB de armazenamento. Com tudo isso, eu falo tranquilo que, assim como o S24 Ultra, o novo S25 Ultra é o tipo de celular que você não precisa se preocupar com o desempenho.
- Armazenamento e RAM: 256 GB, 512 GB e 1 TB (UFS 4.0), 12 GB de RAM (LPDDR5X).
Ele faz tudo parecer muito rápido, desde trocar de aplicativos, deslizar as páginas ou até transferir arquivos. O novo celular da Samsung também segura os apps em segundo plano tranquilamente.
Então, sim, o Galaxy S25 Ultra é o atual melhor celular da Samsung e isso inclui o desempenho. Mas na prática eu não notei uma diferença gigantesca para o celular do ano passado, que já tinha atingido um hardware muito bom e que facilmente vai suportar os setes anos de atualizações — vale reforçar que a linha S25 também será atualizada por sete anos.
Com jogos, por exemplo, eu notei que o desempenho do celular se mantém em alto nível. Eu testei alguns títulos como Call of Duty Mobile, Genshin Impact, Diablo Immortal e vários outros. O celular rodou tudo no máximo e se manteve bastante estável, mesmo após jogar por longos períodos.
Um reforço que a Samsung trouxe neste ano foi uma câmara de vapor 40% maior. Eu notei que o S25 Ultra tem picos de aquecimento com menos frequência do que o S24 Ultra, o que faz dessa uma mudança importante.
O novo chipset é o atual mais poderoso em celulares Android. Agora, só faltam mais apps e jogos que aproveitem todo esse poder de processamento. Eu também usei ele com o Modo Dex, por exemplo, e senti que o celular parece mais preparado. Ele esquentou, é claro, mas sem travar, apresentar lags ou perder desempenho.
Já a bateria do Galaxy S25 Ultra é a mesma do ano passado. São 5.000 mAh de capacidade com carregamento rápido de até 45W, embora o carregador que venha na caixa tenha 25W. Ele também traz carregamento sem fio no padrão Qi 2.0 de até 15W e pode carregar outros celulares por indução.
Eu acabei encontrando uma autonomia muito parecida com a do S24 Ultra nesse novo modelo. A minha média de uso variou entre 6h e 7h de tela ligada, com cerca de 30% sobrando ao fim de alguns dias. Eu acabei usando ele mais com a resolução Full HD+ para poupar a energia. É um desempenho sólido, mas na rotina eu não notei uma diferença muito grande.
Com vídeos, por exemplo, ele descarregou cerca de menos 4% por hora. Já com os jogos, eu tive a mesma média de menos 7% de descarga por hora com títulos que não são online ou que são mais leves, e de até menos 20% por hora com títulos online, como CoD Mobile.
O S25 Ultra faz um bom gerenciamento de energia, e a nova câmara de vapor também ajuda nisso. Então ele consegue passar um dia inteirinho em uso com facilidade, mas dificilmente passará disso em uso mais intenso. Mas também acredito que a Samsung poderia ter aumentado a capacidade geral dessa bateria.
One UI 7 e Android 15
A linha Galaxy S25 é a primeira que já traz o novo Android 15 e a interface One UI 7 estáveis. Ela vem com várias mudanças legais, mas reforça um ponto importante: além das melhorias de interface e novos recursos, a atualização foca ainda mais no uso de IA.
Agora, é possível ocultar os nomes dos apps e widgets na tela inicial, e também ficou mais fácil redimensioná-los só tocando e segurando sobre eles. Você também pode aumentar o tamanho das pastas, assim consegue abrir um app sem precisar abri-las inteiras.
A Samsung atualizou a central de notificações e o painel de configurações rápidas. As coisas ficaram mais organizadas, e os atalhos mais práticos. Eu só senti falta de mais personalização, já que não é possível mexer em todos os “widgets”. Se preferir, você também pode usar os dois juntos, sem ter que escolher puxar um ou outro no lado esquerdo ou direito da tela.
A interface de edição da tela de bloqueio também foi renovada, deixando ajustar o layout das horas, data e escolher os widgets dessa área. A verdade é que esses dois últimos recursos estão bem parecidos com o iOS 18, o que eu não vejo como algo negativo. Mas isso é papo para um outro vídeo.
Uma mudança muito boa que eu encontrei por aqui foi o uso de linguagem natural. Ele está disponível nos Ajustes e também na Galeria. Assim você pode só escrever ou falar na busca dos Ajustes algo como “não aguento mais chamadas de spam” e o celular vai mostrar as melhores recomendações sobre o que fazer. Ou então procurar por “fotos que tirei do meu cachorro na na praia” e ele encontrará os arquivos mais próximos disso.
Esse recurso também deveria estar na busca geral do sistema, ele funciona muito bem. Assim seria mais fácil só procurar por “banco”, “comida”, “transporte” e o sistema mostraria os apps relacionados aos temas, por exemplo.
A Samsung também fez uma mudança bem pequena no app de relógio. Agora você pode criar grupos de alarme, ativando ou desativando um conjunto inteiro de uma só vez. Isso aqui é meio que a Apple atualizando o recurso de lanterna no iOS: é uma mudança impactante? Não é, mas pode ser muito útil.
A atualização traz coisas como facilitar o uso do celular como webcam no seu Galaxy Tab ou Galaxy Book, permite conectar mais rapidamente o celular a aparelhos próximos, deixa você cortar rapidamente os vídeos da Galeria, salva as suas configurações de exposição na câmera e mais.
A nova One UI 7 também traz um recurso que permite gravar, transcrever, resumir e traduzir o conteúdo das suas ligações. É um recurso bem útil, mas ele nem sempre transcreve todas as palavras corretamente e por vezes se confunde com o que as pessoas estão falando. E você também pode tocar em falas específicas para ouvir esses trechos, isso é bacana.
Mas alguns dos novos recursos que ganharam mais destaque foram o Now Bar e o Now Brief. O Now Bar cria atalhos práticos que aparecem na tela de bloqueio, mas também na barra superior do celular, como do gravador, timer, Google Maps, esportes e outros. Aí você consegue ver o progresso de algum app rapidamente sem precisar abri-lo, de fato. Chega a ser algo próximo à Dynamic Island do iPhone.
Já o Now Brief gera resumos em diferentes períodos do dia com informações de agenda, clima, trânsito, dados de saúde, sono, metas de atividade física, humor, exercícios de respiração, vídeos do YouTube Shorts e outros.
Se você tem um compromisso na rua e o clima foi daquele sol extremo para uma chuva torrencial, o celular avisa que você deve sair mais cedo ou tentar outra rota. O Now Brief tende a usar dados contextuais do usuário para ser mais pró-ativo e também é um recurso baseado em IA.
Nesse primeiro contato, eu diria que o Now Brief tem potencial, mas ele ainda não possui tanta compatibilidade — apps como Uber e iFood ainda não aparecem, nem aqui e nem no Now Bar. Mas ele não mostra, por exemplo, que você ainda precisa fazer a sua lição no Duolingo, nem que o filme que você estava esperando chegou ao seu app de streaming.
Até agora, você pode incluir dados de 13 categorias nesses resumos, que vão desde saúde e bem-estar até o YouTube Shorts — esse último só exibe um aviso para você ver novos vídeos. Isso ainda é muito pouco, mas acredito que nos próximos meses a ferramenta vai ficar mais completa e compatível com outros apps.
Galaxy AI
Se no hardware o Galaxy S25 Ultra não fez avanços muito grandes, no software a Samsung já foi um pouco mais além. Uma das grandes novidades é o Google Gemini, que agora é o assistente virtual “de verdade” dos celulares da Samsung.
Agora você pode pressionar o botão de ação lateral para iniciar o Gemini. Ele resume vídeos do YouTube, descobre qual música está tocando, faz pesquisas rápidas e adiciona eventos ao calendário. Você até pode procurar pelo próximo jogo do seu time e pedir para ele adicionar à agenda, ou então enviar direto para o seu amigo no WhatsApp o endereço de um bar ou restaurante. E também é possível usar o comando de voz “Hey Google” para iniciar o Gemini no S25.
Mas isso não significa o fim do assistente Bixby. Ele continua nos celulares da Samsung, mas agora deve trabalhar apenas diretamente com os produtos da marca que fazem parte do SmartThings. Eu acabei usando o Gemini com mais frequência do que o normal, então eu diria que essa mudança foi bem positiva — e tomara que chegue nos outros modelos da marca.
A grande mudança é que ele está mais integrado aos apps do Google e da Samsung, que funcionam como extensões para os Lembretes, Notes e Agenda. Assim você pode pedir para ele resumir um vídeo do YouTube e salvar tudo no app de notas. Ou mesmo pode tentar descobrir uma receita de comida e pedir para ele salvar no mesmo app.
Outra novidade é a Seleção IA, que funciona de uma forma parecida com o Circule para Pesquisar. Você pode selecionar qualquer área da tela para fazer uma ação, como um texto, um número de telefone para ligar rapidamente, um endereço e até editar imagens. Também é possível criar GIFs, o que pode ser algo popular para criadores de conteúdo.
Um recurso que chamou a minha atenção foi o Eliminador de áudio para vídeos. Ele reconhece até seis ruídos ao redor e deixa o usuário ajustar o tom de cada um individualmente. Ele só reconhece até quatro ruídos por vídeo — você pode aumentar ou diminuir o volume das vozes, dos sons da natureza, da música e afins.
Esse recurso funciona bem e tem uma interface fácil de usar. Você só precisa tomar cuidado na hora de ajustar o tom dos ruídos, principalmente para não deixar a voz muito artificial ou metalizada. Também vale notar que o Eliminador de áudio não funciona com vídeos brutos gravados em Log.
Outra novidade que vai nesse sentido escolhe a melhor expressão de um rosto para as fotos em movimento — você pode corrigir alguém que saiu piscando ou só escolher um sorriso mais legal. Esses dois recursos que eu citei agora também estão disponíveis no Google Pixel, por exemplo.
Eu tenho a impressão que o recurso apagador de objetos também está mais preciso no S25 Ultra, ou parece gerar melhor as áreas de uma imagem. E ele ainda traz as ferramentas de escrita, que agora podem ser usadas mesmo sem o teclado da Samsung.
Outras ferramentas incluem usar o navegador da Samsung para ouvir resumos de páginas, como sites de notícias; gerar imagens usando texto e até outras imagens como base; traduzir chamadas em mais apps, como o WhatsApp; e tem o potencializador de detalhes, para quando você recortar ou editar alguma foto (ele faz um upscaling).
O principal ponto aqui é que grande parte do Galaxy S25 Ultra se traduz no software. A linha já havia chegado em um hardware de alto padrão no modelo anterior, e agora refina esse ponto e ganha mais fôlego com os novos recursos. A maioria deles é bem útil, mas vários deles só ficarão mais úteis quando ganharem mais compatibilidade.
Outro detalhe a se observar é que a Samsung vem prometendo o Galaxy AI “gratuito” até o final de 2025. A empresa ainda não detalhou como isso vai funcionar depois da data, mas esse pode ser um bom momento para ela abrir os planos com o público.
Câmeras
A principal e única novidade no hardware de câmera do S25 Ultra é a nova câmera ultra-angular de 50 MP, que antes tinha 12 MP e um sensor mais escuro. Ela promete imagens mais nítidas até em cenários de baixa luz, além de melhores fotografias macro.
Sendo bem honesto, foi um pouco difícil encontrar melhorias gigantescas por causa do novo sensor. As fotografias realmente ficam com um alto nível de detalhes e cores bonitas. Nessa geração, em todos os sensores, a Samsung parece ter ajustado melhor a captação de cores e o balanço de branco, as imagens estão mais próximas da realidade, inclusive os tons de pele.
Essa nova câmera costuma renderizar as fotos em 12 MP, fazendo as melhorias naturais de software. Mas você pode usar os 50 MP se quiser. Algo a se notar é que, naturalmente, essa lente perde alguns detalhes (especialmente em baixa luz), mas costuma acertar na exposição.
Já as outras câmeras se repetem do último modelo: tem a principal de 200 MP, duas telefotos com 50 MP e zoom óptico de 5x e 10 MP com zoom óptico de 3x, além da câmera de selfies com 12 MP.
Câmeras do Galaxy S25 Ultra:
- Principal: 200 MP (f/1,7), OIS, 85°
- Ultra-angular: 50 MP (f/1,9), 120°
- Zoom óptico 5x: 50 MP (f/3,4), OIS, 22°
- Zoom óptico 3x: 10 MP (f/2,4), OIS, 36°
- Selfies: 12 MP (f/2,2), 80°
A qualidade das fotos e vídeos com o S25 Ultra, especialmente com a câmera principal, continua ótima — assim como no S24 Ultra. Eu consegui fazer fotos com uma ótima exposição, muitos detalhes, bom alcance dinâmico. O Ultra continua sendo um dos celulares mais versáteis quando a gente fala de câmeras e é uma escolha certa para quem prioriza esse ponto.
Mas, novamente, quem ficou mais em evidência foi o software. A Samsung atualizou a interface do app de câmera, trazendo a maioria dos botões e ajustes para a área inferior. Assim fica mais fácil alterar alguma coisa.
O controle de zoom também ficou muito mais suave, imitando até o efeito das handycams. A Samsung ainda trouxe um Modo Pro com monitores de exposição, assim você pode se basear melhor na hora de fazer uma imagem e saber qual área está superexposta ou subexposta.
O app de câmera também traz ajustes mais práticos para os filtros, deixando você controlar a intensidade, temperatura das cores, contraste, saturação e granulação. E você também pode criar os seus próprios filtros até mesmo usando fotos anteriores que já tirou. Eu achei essa uma ferramenta bem útil.
O celular agora também pode fazer vídeos no formato Log. Esse é um formato profissional, que retira a saturação dos vídeos e captura muito mais detalhes. Depois, é só editar tudo do jeito que você preferir, embora o celular também possa fazer a correção de cores rapidamente. Esse é um formato que cria arquivos mais pesados, vale ter isso em mente.
E por falar em vídeos, o S25 Ultra continua fazendo um ótimo trabalho. As imagens ficam bem estáveis e com precisão de cores. Aqui, a lente ultra-angular, que é uma das que eu mais curto usar para filmar, também se mostrou muito prática. Ela não tem estabilização óptica de imagem, mas isso não foi um problema.
Algo que eu notei, e isso tanto nas fotos quanto nos vídeos, é que o celular tende a reduzir ainda mais os ruídos de uma imagem. Esse pode ser um benefício do novo processador de sinal de imagem (ISP) do Snapdragon 8 Elite.
Vale observar que o S25 Ultra grava vídeos melhores em resolução 4K, seja com 30 fps ou 60 fps. Mas ele também pode filmar em 8K com 30 fps, inclusive com o modo Log.
As fotos e vídeos usando o zoom óptico do celular certamente ficam melhores com essas lentes de 3x e 5x. A Samsung promete “qualidade óptica” com 10x, como no ano passado, mas não é bem assim, já que ele ainda perde detalhes. Mas eu diria que as imagens ficam muito bem aproveitáveis, especialmente em lugares com boas condições de luz.
Um bom exemplo é esse que vocês estão vendo (assista no vídeo do review, no início do texto). Eu assisti a uma partida de basquete em um ponto bem alto do estádio e fui passando para a câmera principal, zoom de 2x, 3x, 5x, 10x, 30x e 100x. Em 10x e 30x as imagens ficaram até que boas, mas em 100x ele claramente não teve nenhum avanço significativo.
Inclusive, se alguém souber quem é esse rapaz aí da última e falar nos comentários, eu agradeço. Ele estava fazendo um monte de cestas de três pontos (a cena também está no vídeo).
Vale a pena?
O Galaxy S25 Ultra, como eu falei no início, é um celular muito parecido com o S24 Ultra. E isso tem muito a ver com o nível de hardware que a geração passada conseguiu chegar. É por isso que as melhores inovações estão ligadas ao software e ao uso de inteligência artificial.
Mas, honestamente, eu não consigo ver o S24 Ultra sem conseguir fazer quase tudo o que o S25 Ultra faz. Ele é um ótimo celular, e quem quer economizar e ainda ter um aparelho muito competente em mãos, vale a pena demais investir na geração anterior.
Só que o novo modelo é, sim, melhor. É até natural que ele seja. Mas essas melhorias são pontuais, especialmente no hardware.
Eu confesso que gostei muito da nova One UI 7 e de vários recursos do Galaxy AI. A experiência de software é um ponto bem importante dessa nova geração. A bateria também tem uma sólida autonomia, as câmeras seguem muito competentes, o desempenho é muito firme para praticamente tudo o que você quiser e o novo design me agradou.
Quem quer um celular Android completo e que condiz com a faixa de preço, que definitivamente não é baixa, o S25 Ultra é um escolha muito acertada. Os preços sugeridos pela Samsung, sem considerar nenhuma promoção ou desconto, são de R$ 11.999 (256 GB), R$ 12.999 (512 GB) e R$ 14.999 (1 TB). Esse é um outro ponto: quem optar pelo Ultra do ano passado também pode economizar bastante.
O que eu percebo, no entanto, é que a Samsung tem pisado mais no freio quando a gente fala de grandes evoluções no hardware. E isso tem feito sentido, já que a companhia teve sucesso com o S24 — no review do S24 Ultra eu comentei que já esperava atualizações mais incrementais.
Mas nós não tivemos avanços consideráveis na bateria, perdemos o Bluetooth na S Pen, a marca segue no IP68 que é bom, apesar do IP69 já estar aí. A câmera ultra-angular foi melhorada, mas é a única do conjunto que de fato está melhor.
Eu só fico imaginando o que mais eles podem melhorar no hardware para o próximo modelo ser um upgrade justificável. Por enquanto, o S25 Ultra ganha o posto de melhor aparelho da marca atualmente. Mas “o quão melhor” ele é em comparação com o S24 Ultra não é tanta coisa assim, na minha opinião.
Mas eu gostei muito do S25 Ultra, sim. Se você costuma usar essa linha, tem dinheiro para isso e quer ter o que a Samsung tem de melhor, dificilmente vai se arrepender.
Agora, me conta aqui: você curtiu o novo celular da Samsung? Acha que o software é a principal mudança ou o hardware geral agradou? Use as redes sociais do TecMundo para dar a sua opinião, vamos lá trocar uma ideia.