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sábado, fevereiro 22, 2025

Bitcoin deixa macro de lado e volta a subir com atenção a ambiente regulatório

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O bitcoin (BTC) opera em alta nesta sexta-feira (21) e vai em direção aos US$ 100 mil com os investidores deixando um pouco de lado as preocupações com o cenário macroeconômico e voltando a prestar atenção no lado regulatório. A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) anunciou ontem a criação da Unidade de Cibernética e Tecnologias Emergentes (CETU) para proteger investidores no ambiente digital. A unidade complementará o trabalho da força-tarefa para criptoativos liderada pela “mamãe cripto” Hester Peirce.

A SEC também teria concordado em acabar com o processo que moveu contra a corretora Coinbase durante a gestão de Gary Gensler no comando do órgão regulador, conforme informou há pouco a exchange. A decisão de acabar com a ação judicial é mais um sinal de que no governo Trump a SEC será muito mais pró-cripto.

Ainda no radar, a gestora Franklin Templeton seguiu a brasileira Hashdex e lançou um fundo negociado em bolsa (ETF) exposto a bitcoin e ether (ETH) ao mesmo tempo. O Franklin Crypto Index ETF (EZPZ) será negociado na Chicago Board Options Exchange (Cboe).

Perto das 10h33 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 2,2% em 24 horas, cotado a US$ 99.392 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 3,6% a US$ 2.835, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 3,41 trilhões. Em reais, o bitcoin se valoriza em 2,3% a R$ 569.213, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, tem leve variação positiva de 0,1% a US$ 2,69. Já a solana registra ganhos de 4,2% a US$ 179,93 e o BNB (token da Binance Smart Chain) avança 2,9% a US$ 667,24.

Nos ETFs de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, ontem foi registrado um saldo líquido negativo de US$ 364,8 milhões, no terceiro pregão consecutivo de saída de capital. Os principais responsáveis pelo fluxo negativo foram o IBIT, da BlackRock, com US$ 112 milhões de excesso de vendas de cotas em relação às compras e o ARKB, da Ark Invest, com US$ 98,3 milhões. Já entre os ETFs de ether, o dia foi de um fluxo negativo de US$ 13,1 milhões, encerrando uma sequência de quatro pregões positivos. Quem impulsionou os números foi o ETHE, da Grayscale, que teve US$ 10,3 milhões em saídas.

Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o movimento combinado do mercado de ações e das criptomoedas sugere que os investidores realizaram lucros no topo e migraram para outros ativos, como o bitcoin, para evitar possíveis esgotamentos de força dentro do S&P 500. “A geopolítica também foi um ponto importante para o desempenho hoje. As conversas para o fim da guerra na Ucrânia parecem estar andando bem, com [o presidente dos EUA] Donald Trump e [o presidente da Rússia] Vladimir Putin cada vez mais próximos”, afirma.

Usando análise técnica, Rafael Bonventi, analista da Bitget, afirma que o mercado segue respeitando a contagem altista, mas com a falta de força, o volume indica um rali mais lento, sem o impulso característico de uma terceira onda de Elliot, que é geralmente a maior e mais poderosa de uma tendência.

Por fim, Paulo Camargo, CIO da Underblock, destaca que nesta semana quem mais sofreu com os impactos de eventos como o escândalo da memecoin $LIBRA, promovida pelo presidente da Argentina, Javier Milei, na sexta passada, foram as altcoins. “Principalmente o ecossistema da Solana, que é onde ocorreu todo o imbróglio da $LIBRA”, lembra. No acumulado dos últimos sete dias, a solana registra uma desvalorização de 11%. Camargo nota que esses ativos começaram a ter uma recuperação, mas ainda não se sabe se o movimento irá perdurar.

[Fonte Original]

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