23.5 C
Brasília
domingo, fevereiro 23, 2025

O que Cid contou sobre os contatos entre Bolsonaro com Augusto Aras em sua delação

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Em sua delação firmada com a Polícia Federal, tornada pública nesta semana, Mauro Cid foi perguntado sobre a relação que Jair Bolsonaro mantinha com então procurador-geral da República, Augusto Aras, quando ainda era presidente da República.

— O presidente recebia, no Alvorada, essas autoridades. Eu não consigo dizer a periodicidade, mas ele recebia uma vez por mês. Mas não eram encontros periódicos, não. Ia lá como iam outras autoridades. Então, ia o procurador Aras e a procuradora Lindôra, dois membros da PGR que encontravam com ele, rotineiramente — afirmou Cid.

O tenente-coronel afirmou que não participava das reuniões entre Bolsonaro e Aras e disse que apenas o conduzia até a sala e depois o levava até a saída.

A PF perguntou a Cid se ele teria “mais alguma questão” a colaborar sobre o ex-PGR, mas o militar se limitou a dizer que tinham pouco contato. Disse ainda que, diferentemente de outras autoridades que marcavam encontros com Bolsonaro com seu apoio, Aras acertava suas conversas com o então presidente diretamente.

O pano de fundo das questões feitas pela PF envolvendo o ex-PGR é a relação próxima de Aras com o empresário Meyer Nigri, fundador da construtora Tecnisa. O executivo foi um dos principais fiadores de sua nomeação peelo capitão reformado.

Meyer Nigri foi um dos executivos citados por Cid em um áudio enviado para o então comandante do Exército, Freire Gomes, encontrado pela PF. Na gravação, o tenente-coronel diz que Nigri e outros empresários, como Luciano Hang, da Havan, se reuniram com Bolsonaro em novembro de 2022, para defender uma “posição mais radical” sobre as eleições.

Na ocasião, Nigri afirmou, por meio de nota, que nunca tentou pressionar quem quer que seja, muito menos o ex-presidente para “virar o jogo” e que reconheceu a vitória do presidente Lula “tão logo vieram os resultados das eleições”. 

Aras foi nomeado procurador-geral da República por Bolsonaro em 2019 e reconduzido ao posto em 2021. Sua trajetória foi marcada pela subserviência em relação ao então presidente, especialmente em temas relacionados à pandemia e ações autoritárias do chefe do Executivo.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img