Cotado para disputar o governo de Minas Gerais e liderando as pesquisas de intenção de voto, o senador Cleitinho (Republicanos) afirmou nesta quinta-feira que não descarta concorrer como vice-governador. No entanto, rejeitou a possibilidade de compor chapa com o vice-governador Mateus Simões (Novo), nome apontado como possível sucessor do governador Romeu Zema (Novo).
- Após Bolsonaro virar réu: Zema diz que ex-presidente é ‘maior líder da oposição’
- Velório de Fuad Noman: cerimônia tem coroa de flores enviada por Lula e presença de Kassab e Zema
— Tem que ver se eu vou vir como vice-governador, tem muita coisa para rolar. Mateus Simões nem sequer está sendo cogitado. Qual seria o sentido de eu, que lidero as pesquisas e sou senador, aceitar ser vice dele? — questionou Cleitinho.
Segundo a última pesquisa Quaest, Cleitinho aparece com 33% das intenções de voto, enquanto Simões tem apenas 4%. O senador afirmou que aceitaria ser vice de alguém com maior projeção e assentiu ao ser perguntado sobre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
Nikolas, por sua vez, não descarta disputar o governo, mas já manifestou interesse em concorrer ao Senado. No entanto, sua candidatura à Casa depende da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade mínima para o cargo. Em 2026, ele terá 30 anos, enquanto a legislação atual exige 35.
A recusa de Cleitinho em se aliar a Mateus Simões responde a especulações nos bastidores políticos de uma possível aproximação partidária. Atualmente, o Republicanos integra a base de Zema na Assembleia Legislativa e, nas eleições municipais de Belo Horizonte em 2024, firmou uma aliança com o governador. Na ocasião, a ex-secretária Luísa Barreto foi candidata a vice na chapa do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos). Esse acordo, no entanto, envolveu apenas o diretório municipal, sob liderança de Gilberto Abramo.
No âmbito estadual, a sigla é comandada por Euclydes Pettersen, que tem maior proximidade com Cleitinho. Em 2024, o senador não apoiou Tramonte e declarou voto no deputado estadual Bruno Engler (PL), que terminou a disputa em segundo lugar.
Apesar de bem avaliado no estado, Zema tem enfrentado dificuldades para viabilizar seu vice como candidato à sucessão, pelo alto desconhecimento. As pesquisas indicam que o governador também tem baixa transferência de votos.