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sexta-feira, abril 25, 2025

Não se empolgue, “ainda há chances do Bitcoin cair para US$ 50 mil”, diz analista

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O analista Darren Chu, da BRN Consulting, lançou um alerta importante aos investidores. Segundo ele, apesar do alívio temporário observado no Bitcoin (BTCUSD) e em outros ativos de risco após a divulgação das minutas do FOMC, a semana ainda não terminou. E o que está por vir pode redefinir os rumos dos mercados — especialmente o de criptoativos.

“Estamos encerrando uma semana histórica com grande expectativa em torno dos dados do PPI e do sentimento do consumidor nos EUA. Essa combinação pode causar fortes oscilações nos preços ainda nesta sexta-feira,” afirmou Chu.

Para o analista, o estopim dessa nova fase de instabilidade nos mercados veio das novas políticas tarifárias de Donald Trump, que reacenderam as tensões comerciais com mais de 75 países. Segundo ele, as negociações em curso podem impactar diretamente ativos de risco, como ações e criptomoedas.

“Estamos observando um rali técnico de cobertura de posições vendidas iniciado na segunda-feira, mas muitos ativos ainda demonstram fragilidade,” destacou. “Dependendo do andamento das negociações comerciais nos próximos dias, poderemos ver novos picos de volatilidade ou uma breve estabilização.”

No entanto, o maior risco, segundo Chu, não está nos mercados de ações, mas no mercado de títulos do Tesouro dos EUA. Ele alerta que os títulos americanos, especialmente os de longo prazo, estão em risco de colapso, refletindo riscos sistêmicos que, se não forem controlados, poderão até 2026 se espalhar por toda a economia global.

Chu cita uma preocupação crescente no setor financeiro: a possibilidade de baixa adesão aos leilões de Treasuries e o risco de resgate de fundos de hedge altamente alavancados em operações com títulos americanos. Isso porque, segundo o analista, com o endividamento do governo dos EUA girando em torno de US$ 36 trilhões, e o pagamento anual de juros perto de US$ 1 trilhão, cresce o temor de que os papéis do Tesouro deixem de atrair compradores suficientes.

“Se os leilões de Treasuries continuarem fracassando, a confiança no dólar pode começar a se deteriorar — e isso é algo que o mundo não está preparado para enfrentar,” alertou Chu. “Jamie Dimon, do JP Morgan, já sugeriu que é mais importante estabilizar o mercado de Treasuries do que salvar o mercado de ações.”

Bitcoin pode cair mais antes de retomar alta

Mesmo com o cenário preocupante, Chu mantém uma análise cuidadosa sobre o Bitcoin. “O BTCUSD ganhou força após a divulgação das minutas do FOMC e se recusou a romper o suporte da retração de 38,2% de Fibonacci,” explicou ele. Para o analista, isso mostra força relativa, mas não garante alta imediata.

“Apesar da recuperação, o Bitcoin ainda parece querer buscar um suporte mais profundo na linha de tendência conectando os fundos de outubro de 2023, agosto e setembro de 2024,” disse. Ele acredita que, até o final do terceiro trimestre, o ativo pode testar a retração de 50% do ciclo de alta iniciado em dezembro de 2022.

Caso o cenário se agrave, Chu vê uma chance moderada de o Bitcoin testar novamente a região de US$ 50 mil, nível psicologicamente relevante e próximo da retração de 61,8% de Fibonacci.

Ethereum pode ter mais dificuldades pela frente

No caso da Ethereum (ETHUSD), o quadro é ainda mais delicado. Chu aponta que o ativo segue abaixo do desempenho do BTC e ainda carrega momentum de queda, visível nos indicadores técnicos como RSI, MACD e Estocástico.

“Mesmo com o mercado em sobrevenda, uma reversão duradoura para a Ethereum ainda não parece provável,” afirmou. Ele estima que a criptomoeda só encontrará um fundo sustentável perto dos US$ 1.000, patamar visto pela última vez em novembro de 2022 ou até o fundo de junho de 2022.

Chu finaliza sua análise com um conselho direto: este não é um momento para euforia, mas sim para cautela. A estrutura macroeconômica segue frágil, os riscos estão se acumulando, e a volatilidade continuará elevada.

“O Bitcoin pode resistir melhor do que ativos tradicionais, mas não está imune ao que acontece no mundo,” concluiu. “Prepare-se para mais volatilidade, mas também para oportunidades, especialmente se houver acordo comercial nos próximos dias.”

[Fonte Original]

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