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Sua última aparição pública foi na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, no domingo, para desejar “Feliz Páscoa” a milhares de fiéis que estavam no local.
Em uma cadeira de rodas, o pontífice acenou para a multidão que aplaudia na Praça São Pedro.

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A seguir, estão algumas das imagens mais marcantes da vida e do papado deste pontífice que estava determinado a tornar a Igreja mais inclusiva.

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Francisco já estava na casa dos 70 anos quando se tornou papa em 2013 — substituindo Bento 16, que estava se aposentando.

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As crenças socialmente liberais e minimalistas de Francisco contrastavam com as visões mais tradicionais de Bento, mas Francisco disse que seu antecessor “nunca interferiu”, e os dois eram frequentemente vistos juntos nos Jardins do Vaticano.

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Em 2022, Francisco participou do velório do antecessor, quando Bento morreu aos 95 anos.
O papado de Francisco também foi pioneiro de muitas outras maneiras — ele foi o primeiro papa jesuíta e o primeiro pontífice sul-americano.
Origem humilde
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936 — o primogênito de cinco filhos. Seus pais haviam fugido de sua terra natal, a Itália, para escapar do fascismo.

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Tendo crescido em uma família da classe trabalhadora, sua infância foi marcada pela simplicidade e pelo compromisso com a fé.

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Quando jovem, Bergoglio trabalhou como segurança de boate e varredor. Ele se tornou torcedor do clube de futebol local, o San Lorenzo de Almagro, uma paixão que cultivou por muito tempo depois de se tornar padre em 1969.

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O jovem clérigo foi promovido rapidamente e, em 1973, tornou-se o líder de fato dos jesuítas da Argentina, uma ordem católica altamente influente de missionários e educadores.

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A liderança de Bergoglio foi definida por sua dedicação à justiça social e ao apoio aos marginalizados.
Mas ele foi acusado por alguns de não fazer o suficiente para se opor aos generais da brutal ditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983 — especialmente depois que os militares sequestraram dois padres.
Bergoglio explicou que se manifestar era difícil em tempos tão perigosos, e o Vaticano negou que ele fosse culpado de qualquer irregularidade durante o período.
Ascensão ao papado
Em 1998, Bergoglio foi nomeado arcebispo de Buenos Aires, onde ganhou reputação por seu cuidado pastoral, humildade e dedicação aos pobres. O papa João Paulo 2° o nomeou cardeal em 2001.

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Ele recusou muitas das regalias do cargo — muitas vezes optando por usar a batina preta de um padre, em vez do traje vermelho e roxo da nova posição, viajando de transporte público e se envolvendo diretamente com a comunidade.

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No conclave de 2005, que se seguiu à morte do Papa João Paulo 2°, ele era visto como um candidato ao papado, embora só tenha se tornado papa oito anos depois.

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Em 13 de março de 2013, o papa Francisco apareceu na sacada com vista para a Praça São Pedro.
Vestido simplesmente de branco, ele ostentava apenas um novo nome em homenagem a São Francisco de Assis, o santo padroeiro do meio ambiente, dos animais e dos pássaros.
Desde o início, o papa Francisco enfatizou a simplicidade e o serviço religioso. Ele voltou para casa de ônibus com os outros cardeais, em vez de usar a limusine papal. “Ah, como eu gostaria de ter uma Igreja pobre e para os pobres”, ele comentou.

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Perspectiva global
Esperava-se que o histórico pouco ortodoxo do novo papa ajudasse a rejuvenescer o Vaticano, e revigorar sua missão sagrada.

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Como papa, ele nomeou mais de 140 cardeais de países não europeus — incluindo 15 em dezembro de 2024.

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Francisco também se empenhou em promover a paz mundial e o diálogo entre religiões como pontos centrais do seu papado.
Ele buscou sanar a ruptura de mil anos com a Igreja Ortodoxa Oriental, e trabalhou com anglicanos, luteranos e metodistas.

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E convenceu os presidentes de Israel e da Autoridade Palestina a se juntarem a ele no Vaticano para orar pela paz um ano depois de se tornar papa.
“A pacificação exige coragem, muito mais do que a guerra”, declarou o papa Francisco após o encontro.

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Um ano depois, ele visitou vários países africanos, incluindo Quênia, Uganda e República Centro-Africana, concentrando sua energia na tentativa de unir cristãos e muçulmanos.

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Ele retornou ao continente em 2023 pedindo paz durante uma peregrinação ao Sudão do Sul.

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Em sua mensagem de Natal de 2022, ele falou sobre um mundo que sofre de uma “fome de paz”, e pediu o fim da guerra na Ucrânia — meses depois, ele recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Vaticano.

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E, como latino-americano, ele prestou um serviço crucial como mediador quando o governo dos EUA reabriu as relações diplomáticas com Cuba em 2015 — realizando reuniões no Vaticano e visitando os dois países naquele ano.

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Ele também recebeu a falecida rainha Elizabeth 2ª no Vaticano em 2014 e, cinco anos depois, o futuro rei, o príncipe Charles.

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Ele conheceu atores e celebridades, incluindo Angelina Jolie, e atletas, como o herói do futebol argentino Lionel Messi.

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Ele até apertou a mão do Homem-Aranha…

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Em tempos mais difíceis, durante a pandemia de covid-19, ele cancelou suas aparições regulares na Praça São Pedro — para evitar a propagação do vírus —, e declarou que a vacinação era uma obrigação universal.

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Decisões controversas
Mas seu papado não foi isento de desafios. Francisco encontrou resistência de alas conservadoras dentro da Igreja, que sentiram que ele estava se afastando da doutrina tradicional.
Ele se opôs ao aborto durante todo o tempo em que foi papa, descrevendo o procedimento como um “pecado grave”, mas permitiu que os padres perdoassem as mulheres que se arrependessem depois de fazer um aborto.
E, em 2023, ele disse que os padres teriam permissão para abençoar casais do mesmo sexo — um avanço significativo para as pessoas LGBT na Igreja Católica —, embora as bênçãos não devessem fazer parte dos rituais regulares da Igreja ou estar relacionadas a uniões civis ou casamentos.
No entanto, o maior desafio do seu papado veio daqueles que o acusaram de não combater o abuso infantil.

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Embora o papa tenha falado sobre a Igreja tomar medidas decisivas para lidar com a questão — inclusive tornando obrigatório que os membros do clero denunciassem suspeitas de abuso aos seus superiores —, os críticos afirmam que ele poderia ter feito mais durante seu papado.

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Apesar das controvérsias, o papa Francisco continuou comprometido com os pobres e marginalizados, levando uma vida de serviço religioso e simplicidade ao liderar os 1,2 bilhão de católicos do mundo por mais de uma década.
“Um mundo cheio de esperança e bondade é um mundo mais bonito”, disse ele à BBC durante o Natal de 2024.

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Produção e edição: Chris Clayton, Emma Lynch, Tom Finn and Richard Moynihan
Desenvolvimento: Dan Smith e Giacomo Boscaini-Gilroy
Pesquisa de imagem: BBC Picture Desk