A pesquisa apresenta estimativas para três cenários de longo prazo (2025-2034) em relação à política tarifária dos EUA, com alíquotas de 10%, 15% e 20% sobre bens dos demais países.
No primeiro caso, de 10%, o lucro do tarifaço pode chegar a quase US$ 2,5 trilhões. Com uma hipotética retaliação, o valor seria reduzido para US$ 1,6 tri.
No caso de uma taxa geral de 15%, o montante seria de US$ 3,2 trilhões. Porém, um revide das demais nações reduziria esse total a menos da metade, para US$ 1,5 tri.
Com uma alíquota de 20%, a arrecadação total poderia chegar a US$ 3,6 trilhões, mas possíveis retaliações fariam o número despencar para US$ 791 bilhões.
“Embora as tarifas gerem uma receita maior para o governo americano, elas também causam um maior reajuste na taxa de câmbio real e um declínio de exportações, resultando em um impacto ambíguo sobre a balança comercial”, diz o estudo.
A análise aponta que, em todos os cenários, os Estados Unidos enfrentariam reduções de projeção do Produto Interno Bruto (PIB), queda de investimentos e geração de empregos, e salários reais mais baixos ao longo da próxima década, em comparação com um quadro de não aplicação das taxas.
Agricultura, mineração e manufatura seriam os setores americanos mais afetados, por conta de sua dependência relativamente alta em relação à demanda internacional.