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sexta-feira, abril 25, 2025

Ex-conselheira e Embaixadora do Nubank, Anitta Anuncia Parceria com o Mercado Pago e Alfineta Antigo Banco

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Getty Images

A cantora Anitta passou mais de um ano como parte do conselho de administração do Nubank

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Em junho de 2021, poucos meses antes da sua badalada abertura de capital na Bolsa de Nova York (NYSE), o Nubank fez uma adição ousada ao seu corpo de conselheiros: a cantora Anitta. Agora, pouco menos de quatro anos depois, a artista trocou o roxo pelo amarelo e azul de um dos principais concorrentes da fintech, o Mercado Pago.

Nesta terça-feira (22), o banco digital anunciou a popstar como sua garota-propaganda, assim como a retomada da cor amarela em sua comunicação, com o objetivo de “integrar” as marcas Mercado Livre e Mercado Pago.

Anitta deixou o conselho do Nubank em 2022, mas seguiu ocupando o cargo de embaixadora global da fintech. A nova campanha publicitária não ignora o passado dela em seu principal concorrente. No filme que será veiculado na TV e nas redes sociais, a cantora declara problemas em seu relacionamento com o antigo banco digital e faz referência ao famoso roxo do Nubank.

“O meu relacionamento com o meu banco digital não tava rendendo […] e, quando é assim, é melhor mudar — e eu mudei. Vai ficar aí roxo de vontade?”, alfineta a cantora.

Questionada sobre o rompimento com a fintech de David Vélez, Anitta afirmou que encerrou seu relacionamento com o Nubank pouco antes de iniciar as conversas com o Mercado Pago. “Eu sou de manter parcerias por muitos anos e, enquanto eu estiver oferecendo o melhor, eu vou continuar. Chegou o momento em que percebi que tinha como oferecer algo muito melhor.”

O anúncio de Anitta como conselheira gerou descontentamento entre investidores, mas a administração bancou a posição. Em seu prospecto de abertura de capital, o Nubank informou um pagamento de R$ 36 milhões para a produtora de eventos da cantora, a Rodamoinho — incluindo a emissão de ações restritas (RSUs).

Em entrevista à Veja, na época, Vélez afirmou que a indicação foi uma forma de levar maior diversidade ao conselho e creditou à cantora parte da responsabilidade por a listagem da empresa também ter acontecido na bolsa de valores brasileira, a B3, com a distribuição de seus recibos de ações (BDRs) para a base de clientes.

Anitta, no entanto, parece ter ficado insatisfeita com sua voz dentro da antiga “firma”. Durante a coletiva, mencionou em diversos momentos ter encontrado “portas abertas” para ser ouvida e respeitada, a fim de “oferecer o melhor para os seus fãs”. A parceria, no entanto, não inclui nenhum tipo de cargo ou função estratégica.

“Queremos a voz, a influência e as ideias dela. É efetivamente isso que estamos buscando. Não é sobre cargos e nomes. A gente brinca que ela agora faz parte da nossa família”, declarou Pethra Ferraz, VP de Marketing do Mercado Pago.

Guerra das fintechs 2.0?

Em conversa com os jornalistas, os executivos da companhia reforçaram diversas vezes a ambição de se tornar o principal banco digital da América Latina. No início do mês, o grupo Mercado Livre se comprometeu a investir R$ 34 bilhões no Brasil — com grande parte desse montante destinado ao Mercado Pago.

Presente em oito países da América Latina, a fintech conta com 61 milhões de usuários únicos na região. No Brasil, os ativos sob gestão cresceram 111% no último ano. Com um faturamento de aproximadamente R$ 24 bilhões em 2024, a empresa celebra seu crescimento em ritmo acima da média do mercado e já se coloca como uma das principais instituições financeiras do país.

“Estamos começando. Vamos continuar investindo e acreditamos que seremos o banco digital mais relevante da América Latina”, disse André Chaves, líder do Mercado Pago no Brasil.

Embora os executivos da companhia tenham reforçado a intenção de seguir crescendo entre os usuários dos bancões tradicionais que ainda não migraram para os bancos digitais, a nova campanha parece reacender a disputa direta entre as fintechs, com menções óbvias ao seu principal concorrente — o Nubank, maior banco digital do mundo.

No auge da briga por novos clientes e da consolidação de marca, a “guerra das fintechs” ficou marcada por propostas agressivas de rendimento e benefícios — como contas com rendimentos diários, tarifas zero e fim das burocracias.

A fórmula parece ter se exaurido com o passar do tempo e com a consolidação de grandes players no setor. Se, nos últimos anos, as “contas rendeiras” parecem ter entrado em extinção, o Mercado Pago aposta nelas para atrair novos clientes — com produtos que vão de 105% a 112% do CDI.

É cedo para se falar em uma disputa direta entre os dois bancos, já que a maior parte dos brasileiros costuma utilizar mais de uma instituição, mas a movimentação parece indicar que o cenário está longe de estar consolidado.

Assim como o Mercado Pago, o Nubank também tem grandes ambições latino-americanas e está presente em três países: Brasil, México e Colômbia, totalizando 114 milhões de clientes.

 



[Fonte Original]

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