26.5 C
Brasília
quinta-feira, abril 24, 2025

A hora é agora: Bitcoin está perto de um grande movimento, revela analista

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

A recente alta Bitcoin que subiu mais de 10% nos últimos 7 dias, voltado a ser negociado acima de US$ 94 mil, animou traders e investidores que esperam uma retomada de US$ 100 mil. No entanto, para analistas da Coinext, o movimento ainda não está claro e a expectativa dos touros pode não ser totalmente concretizada no curto prazo.

Taiamã Demaman, analista-chefe da Coinext, destaca que o período foi marcado por superávits comerciais na Ásia, mesmo diante da intensificação das tensões tarifárias entre EUA e China. Esse cenário de incerteza também pressiona os mercados: o S&P500 recua e testa o suporte dos 5.100 pontos, enquanto o dólar acumula queda de 9,84% no ano, conforme o DXY.

No mercado de criptomoedas, apesar da alta recente, o Bitcoin ainda acompanha esse movimento, com perdas de 13,95% desde o início do conflito tarifário. Ainda assim, seu desempenho é menos severo que os 21,36% de queda observados no mercado cripto como um todo, reforçando sua posição como ativo defensivo, uma narrativa que se consolida a cada semana.

“Com resistências rompidas, preço recuperado e fluxo institucional em alta, o Bitcoin se aproxima de um ponto de virada, com potencial de romper novas barreiras.”, disse.

Ele também destaca que os ETFs de BTC voltaram a registrar entradas de capital, ainda que os volumes se mantenham em níveis similares aos de janeiro. Ao mesmo tempo, o Open Interest nos contratos futuros renovou máximas históricas, sinalizando uma possível retomada do interesse institucional.

Com isso, o Bitcoin rompeu a resistência dos US$85.962 mil e avançou até a região dos US$94.300 mil, superando a barreira técnica dos US$93.700 mil, apontada como um dos principais pontos de resistência no curto prazo.

“Caso consiga encerrar a semana acima desse nível, o cenário altista ganha força, abrindo caminho para um possível avanço até os US$96.850 mil ainda neste mês”, afirmou.

Bitcoin se aproxima mais dos ativos defensivos

Já José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, aponta que o desempenho do Bitcoin nesse ambiente de tensão geopolítica diz muito sobre a maturidade que o ativo vem conquistando.

“Enquanto o mercado cripto em geral sangra, com quedas superiores a 21%, o BTC se mantém relativamente firme, com uma retração de 13,95%. Isso não é acaso. É reflexo direto de uma narrativa que vem ganhando força a cada ano: a do Bitcoin como “ouro digital””, afirmou.

Ele também destaca que a correlação entre Bitcoin e ouro vem se estreitando, e isso mostra que o mercado está começando a tratar o BTC menos como um ativo puramente especulativo e mais como uma proteção em tempos de incerteza.

“É um movimento silencioso, mas muito poderoso. A correlação de 30 dias mostra que, entre o fim de janeiro e 27 de fevereiro, o Bitcoin se descolou das altcoins e passou a se alinhar ao ouro, reagindo mais como um ativo defensivo do que especulativo em momentos de aversão ao risco. Essa virada deixa clara uma divisão: o Bitcoin se consolida como porto seguro, enquanto o restante do mercado cripto, especialmente as altcoins, permanece mais vulnerável. E essa separação tende a se acentuar se o cenário macroeconômico continuar instável”.afirmou.

No entanto, apesar do otimismo, Demaman, alerta que o mercado de derivativos de Bitcoin sinaliza um cenário de expectativa. Apesar de dois dias consecutivos de entrada positiva nos ETFs — com quase meio bilhão de dólares aportados — a capitalização total ainda está travada em torno de US$ 35 bilhões, refletindo uma postura cautelosa dos investidores institucionais.

Ele ainda destaca que nos contratos futuros, o Open Interest voltou a bater a marca histórica de US$ 70 bilhões, algo que só ocorreu duas outras vezes. Isso mostra um posicionamento robusto por parte do mercado, mas ainda sem um consenso claro sobre a direção.

“Mais de 40% das posições abertas apostam na queda, enquanto o Long/Short Ratio, indicador que mostra a proporção entre contratos de compra e venda, está em 0,56, um nível que costuma anteceder reversões no curto prazo. Dado esse cenário, me parece que estamos prestes a ver uma virada, mas ainda sem consenso claro”, finalizou.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img