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segunda-feira, abril 28, 2025

Shows One-to-One de John Lennon Viram Fenômeno Comercial 50 Anos Depois

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Getty Images

O EP dos shows de 1972 se somou ao número total de singles mais vendidos de John Lennon e Yoko

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Décadas depois de serem realizados, os dois shows One-to-One de John Lennon, realizados em 30 de agosto de 1972, no Madison Square Garden, em Nova York (EUA), estão, de forma repentina e um tanto inesperada, vivenciando um grande momento comercial. As apresentações foram extremamente importantes na época pelas causas que apoiavam e pelo o que representaram na carreira solo do então ex-Beatles. Agora, após relativo esquecimento, eles voltaram aos holofotes graças a uma nova leva de lançamentos.

Um novo EP, intitulado Power to the People: Live at the One-to-One Concert, New York City, 1972 (em português “Poder para o Povo: Ao Vivo no Concerto One-to-One, Nova York, 1972”), foi lançado como parte do Record Store Day,evento anual que celebra as lojas de discos independentes ao redor do mundo, em abril.

O set de quatro faixas apresenta músicas gravadas durante esses shows, que foram selecionadas pessoalmente por seu próprio filho, Sean Ono Lennon. Embora tenha sido prensado em quantidades limitadas, o projeto rapidamente se tornou um best-seller.

“Power to the People” estreou no top 10 de três paradas no Reino Unido na semana passada. Classificado como um single em função da sua duração, o EP se somou ao número total de singles mais vendidos de Lennon e Yoko. O que originalmente era uma performance beneficente agora, 50 anos depois, se revela uma fonte sólida de lucro.

Mais ou menos na mesma época do lançamento do EP, um novo documentário sobre o casal e os shows está fazendo sucesso por conta própria. O longa “One-to-One: John and Yoko” está em exibição nos cinemas ao redor do mundo e já arrecadou pouco menos de US$ 600 mil (R$ 3,4 milhões na cotação atual) nas bilheteiras, um valor considerável para um documentário lançado nos cinemas.

O filme é imperdível para fãs de Lennon e dos Beatles, já que está repleto de imagens inéditas do roqueiro e de Yoko, além de telefonemas íntimos e muitas cenas das performances, que são o foco principal do filme – embora não se trate exatamente de um filme de concerto.

As apresentações de 1972 foram organizadas para beneficiar crianças com deficiências de desenvolvimento na Willowbrook School de Nova York, que havia acabado de passar por um escândalo público – que Lennon e Yoko viram se desenrolar pela televisão. Na época, foram exibidas uma série de reportagens sobre as condições insalubres e desumanas nas quais as crianças eram mantidas. A Plastic Ono Band, banda formada por Lennon e Yoko Ono, e outros artistas fizeram parte da mobilização, mas o momento realmente pertencia a ele.

Os dois shows foram os únicos concertos solo completos que Lennon realizou antes de sua morte. Apesar dos anos no palco com milhares de pessoas ao seu redor tocando com os Beatles, ele teria ficado nervoso por se apresentar sozinho. Até porque, não eram apenas shows, mas declarações políticas.

As performances serviram também como plataforma para o ativismo de Lennon e Yoko, com faixas como “Imagine” e “Give Peace a Chance” reforçando sua mensagem de vida toda. A energia na sala, capturada em incríveis imagens de arquivo, revela o quanto o casal acreditava profundamente na causa, e como eram queridos pelo público presente.

Os shows foram importantes no momento em que aconteceram, mas inicialmente não geraram muitos produtos comerciais. Foi só em 1986 que um lançamento adequado foi feito: “Live in New York City”, um álbum completo composto por gravações da segunda apresentação. Esse esforço chegou à posição 41 na parada Billboard 200 e eventualmente foi certificado como ouro nos EUA, depois de vender meio milhão de cópias. Após esse breve momento de destaque, os concertos mais uma vez caíram no esquecimento.

Agora, os concertos One-to-One estão finalmente recebendo o reconhecimento merecido. Foram significativos quando aconteceram, e hoje estão geram receita de forma inesperada. Para um evento de arrecadação de um dia, a longevidade do evento é notável.

* ​Hugh McIntyre é colaborador sênior na Forbes, onde escreve sobre a indústria da música com foco especial nas paradas musicais globais, lançamentos de álbuns, tendências de vendas, dados de streaming e análises de mercado.



[Fonte Original]

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