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segunda-feira, abril 28, 2025

Agrishow começa hoje e quer fechar R$ 15 bilhões em negócios

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A Agrishow, maior feira agrícola da América Latina, inicia sua 30ª edição nesta segunda-feira (28) em Ribeirão Preto (SP) com a expectativa de fechar R$ 15 bilhões em negócios, um aumento de quase 10% em relação a 2024. O número considera apenas as intenções de vendas de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e armazenamento. “Mas os outros setores também fecham muitos negócios”, afirma João Carlos Marchesan, presidente da feira.

O executivo, dono da Tatu Marchesan, de Matão (SP), avalia que o agricultor vai investir “com parcimônia” neste ano porque, embora a produtividade das lavouras esteja maior, muitos estão segurando as compras diante dos juros altos e do preço baixo das commodities.

Os 520 mil m2 da feira deverão crescer para 800 mil m2 no ano que vem, para atender, além dos 800 expositores, novas empresas estrangeiras, especialmente as chinesas e as que diminuíram as vendas para o leste europeu em função da guerra na Ucrânia.

A Agrishow chega à sua 30ª edição bem diferente de quando começou, quando o foco estava na demonstração das máquinas agrícolas. Segundo Marchesan, a feira se tornou estática por uma decisão dos expositores, que argumentaram que dava muito trabalho manter as dinâmicas na feira.

Neste ano, não haverá sequer o movimento de aeronaves e helicópteros – os voos foram proibidos depois que a tentativa de aterrissagem de um helicóptero no ano passado provocou a morte de um prestador de serviços.

Executivos das grandes multinacionais de máquinas agrícolas, que mantêm os maiores estandes, concordam que os negócios devem ser positivos, mas não haverá compras por euforia. “O produtor só vai comprar máquinas em caso de aumento de área ou se realmente precisa atualizar seus equipamentos”, resume Wanderson Tosta, diretor de marketing da Jacto.

Duas ferramentas de crédito estão em alta para atrair o comprador: os consórcios, que chegam a representar até 30% das vendas, com tendência de alta, e a comercialização de máquinas em dólar ou euro.

A Valtra, do grupo AGCO, espera vendas superiores a 10% na comparação com 2024. O diretor comercial da marca no Brasil, Cláudio Esteves, diz que as feiras representam 20% das vendas anuais da marca. “Neste ano, com café e cana-de-açúcar em alta e o agricultor de grãos colhendo bem, os resultados devem ser ainda mais positivos”, afirma.

Na Yanmar, que aumentou seu estande de 1.200 m2 para 1.800 m2, a expectativa é de um crescimento de 11% nas vendas na Agrishow, que representa 20% das vendas anuais da marca. A fábrica foca na agricultura familiar como vetor de crescimento e na mecanização como ferramenta de produtividade no campo.

Uma empresa que está muito otimista é a Netafim, líder global de irrigação por gotejo. Neste ano, segundo a diretora de marketing, Michele Silva, a empresa israelense investiu R$ 1,5 milhão no estande visando elevar em pelo menos 30% os negócios fechados no ano passado, quando a meta foi superada em 50%. “Os produtores de café e citros, principalmente, aproveitaram o preço dos produtos para investir em irrigação”, afirma.

A CNH, dona das marcas Case Industrial e New Holland, inicia a venda dos quatro drones que apresentou no ano passado, lança uma família de pulverizadores autopropelidos e traz do exterior as duas maiores colheitadeiras do mundo: a AF10 Case, de rotor único e o mais alto nível de automação, e a CR11 da New Holland, a maior da categoria.

“Investimos pesado com o objetivo de obter a liderança na pulverização junto com os drones”, diz Rafael Miotto, presidente da CNH Industrial para a América Latina, destacando que a empresa traz também um software inédito para coordenar a aplicação do drone e do pulverizador terrestre.

Quem também aposta na venda de drones é a Jacto. A marca vai trabalhar na consolidação dos drones lançados em 2024, assim como a última adubadora Uniport 8030 NPK. Uma novidade que estará na feira mas ainda sem comercialização é a Hover 500, primeiro equipamento da fábrica para a colheita de cana.

A Massey Ferguson vai oferecer máquinas com financiamento de quase 100% em moeda estrangeira. Os lançamentos são uma enfardadora importada dos EUA para uso no recolhimento de palha de cana em usinas e a renovação dos pulverizadores da linha 530.

Rafael Antonio Costa, diretor comercial Fendt, também do grupo AGCO, diz que a novidade será a colheitadeira Ideal 25, fabricada no Brasil, com grande capacidade de limpeza, qualidade de grãos e alta eficiência energética. A empresa também vai destacar o combo Suplantar, que reúne a série de tratores Fendt 700 Vario e as plantadeiras Momentum.

A John Deere vai apresentar duas novas plantadeiras, uma delas compacta, voltada aos produtores do Sul, a nova colheitadeira S7, equipada com tecnologia preditiva, e o trator 9RX, o maior fabricado em série no mundo, com até 830 cv e sistema de esteiras.

Na Yanmar, o destaque será o lançamento de uma plataforma exclusiva para colheita de milho, com quatro linhas, e a enxada rotativa fixa encanteiradora, projetada para produtores de hortifrutis.

A Agrishow vai até sexta (2), no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro- Leste, na rod. Prefeito Antônio Duarte Nogueira, km 321, em Ribeirão Preto (SP). Os ingressos custam de R$ 40 a R$ 80 pelo site agrishow.com.br e de R$ 70 a R$ 140 diretamente na bilheteria.

[Fonte Original]

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