23.1 C
Brasília
segunda-feira, maio 12, 2025

Cortes de empregos na Nissan dobram para 20.000 em grande reforma

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

A Nissan Motor eliminará 11.000 postos de trabalho a mais do que o planejado anteriormente, informou a NHK nesta segunda-feira (12), como parte de um plano para reestruturar seus negócios em crise.

A montadora japonesa anunciou em novembro que cortaria 9.000 postos de trabalho após registrar vendas fracas nos EUA e na China, que levaram a uma queda de 94% no lucro líquido do primeiro semestre. Agora, esses cortes de empregos se aproximarão de 20.000 trabalhadores, ou cerca de 15% de toda a força de trabalho, de acordo com a emissora nacional japonesa. As demissões ocorrerão tanto no país quanto no exterior, acrescentou.

A Nissan não quis comentar.

A crise da Nissan corre o risco de piorar ainda mais depois que a empresa alertou os acionistas no mês passado que terá um prejuízo líquido em custos de reestruturação de até US$ 5 bilhões no ano fiscal encerrado em março de 2025.

A amplitude dos problemas financeiros da montadora ficou evidente no final do ano passado, quando, além dos cortes de 9.000 empregos, a empresa anunciou que reduziria a capacidade de produção em 20% e reduziu sua projeção de lucro.

Desde então, a Nissan reduziu ainda mais sua projeção, cedendo à concorrência agressiva nos EUA e na China.

Uma união com a Honda Motor parecia promissora. As empresas assinaram um acordo em dezembro para unir as duas marcas sob uma única holding. No entanto, em poucas semanas, o que poderia ter criado uma das maiores montadoras do mundo — pelo menos em teoria — ruiu devido a divergências sobre um desequilíbrio de poder inerente entre as duas marcas tradicionais.

A aliança foi formalmente encerrada em fevereiro, e a Nissan vem caindo cada vez mais em sua pior posição em cerca de 26 anos. Apesar do fracasso da fusão, a Nissan e a Honda mantêm uma parceria estratégica focada em veículos elétricos e baterias, abrindo espaço para negociações futuras.

A Nissan também não tem uma linha forte de veículos híbridos para oferecer aos clientes em mercados importantes e está envolvida em conflitos administrativos e brigas internas desde que o ex-presidente Carlos Ghosn foi preso e deposto em 2018.

Enquanto isso, as tarifas do presidente Donald Trump sobre carros e peças automotivas importadas para os EUA têm sido dolorosas para a maioria das marcas globais, mas prejudiciais no caso da Nissan.

Além dos desafios de vendas, o passivo da Nissan também deverá aumentar drasticamente.

A Nissan e suas afiliadas enfrentam US$ 1,6 bilhão em vencimentos de dívidas este ano, subindo para US$ 5,6 bilhões em 2026 — o nível mais alto desde pelo menos 1996, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Ivan Espinosa, nomeado CEO em abril, enfrenta a árdua tarefa de reverter a situação da Nissan. Ele deverá esclarecer as especulações sobre cortes de empregos e possíveis fechamentos de fábricas quando a empresa anunciar seus resultados fiscais nesta terça-feira (13).

— Foto: Bloomberg

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img