A alta de 35% do Bitcoin desde as mínimas locais de abril ainda não garante que o preço do BTC continuará seu movimento ascendente no curto prazo, afirma Diego Pohl, analista da Crypto Investidor.
O preço do Bitcoin (BTC) abriu a semana em queda após retomar sua tendência de alta acima dos US$ 100.000, conforme previsto pela Crypto Investidor, consolidando uma alta de 10,4% no fechamento semanal no domingo, 11 de maio.
Rejeitado na resistência em US$ 105.000 por duas vezes durante o fim de semana, o par BTC/USD luta para manter o atual suporte em torno de US$ 103.000, evitando quedas e um novo movimento de consolidação.
O atual impulso de alta do Bitcoin reforça o sentimento de descorrelação do ativo com os cenários macroeconômico e geopolítico global, ignorando a hesitação do Banco Central dos EUA (Fed) em retomar os cortes de juros, assim como as notícias positivas a respeito de um possível acordo comercial entre o governo de Donald Trump e a China.
“Após dois dias de conversas, EUA e China anunciaram ‘avanços substanciais e criaram um canal de diálogo liderado pelos altos escalões dos dois governos”, destacou o boletim semanal de mercado da QR Asset Management. “Ainda não há medidas concretas, mas o tom construtivo dos discursos e o simbolismo do encontro foram suficientes para mudar o humor global.”
Paradoxalmente, a trégua na guerra comercial entre EUA e China pode diminuir a demanda por Bitcoin como um “porto seguro”, incentivando o investimento em altcoins com maior potencial de risco-retorno.
Apesar da alta recente no preço, a dominância do Bitcoin começou a cair, com o Ether (ETH) acumulando ganhos superiores a 50% nos últimos 30 dias, puxando uma valorização superior à da maior criptomoeda do mercado em altcoins de diversos setores, com destaque para “DeFi, layer-1s, memecoins e tokens ligados à inteligência artificial”, segundo a QR Asset Management.
Com os ETFs de Bitcoin à vista registrando US$ 867 milhões em entradas na última semana, com fluxos acumulados no ano chegando a US$ 6,6 bilhões e o total de ativos sob gestão subindo para US$ 146 bilhões”, a demanda com foco no longo prazo segue em alta, conclui o boletim da QR Asset Management:
“A cada semana que passa, mesmo com incertezas macro, cripto tem mostrado muita força, quase que independentemente do cenário global. Como sempre comentamos, esta é uma tecnologia em construção e sua valorização (caso seja positiva) se dará no longo prazo.
Análise do preço do Bitcoin
A rejeição do preço do Bitcoin nos US$ 105.000 sugere ao menos um breve período de consolidação, antes do próximo impulso de alta, afirmou Diego Pohl, em análise exclusiva para o Cointelegraph Brasil:
“No curto prazo, caso ocorra a quebra do suporte na região de US$ 103.000, poderá ocorrer uma correção que deve testar regiões de suporte em níveis mais baixos, entre US$ 91.000 e U$98.000, antes da continuação da tendência principal de alta.”
Por outro lado, um eventual rompimento da resistência entre US$ 105.000 e US$ 106.000 pode abrir caminho para que o preço do Bitcoin atinja novas máximas históricas em um curto intervalo de tempo.
O primeiro alvo está na região dos US$ 120.000, e o segundo, nos US$ 150.000, provável topo do atual mercado de alta, conforme delineado no gráfico abaixo.
Gráfico diário anotado de futuros BTC/USD (Binance). Fonte: Crypto Investidor
Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, analistas sugerem que o preço do Bitcoin pode, de fato, cair novamente abaixo dos US$ 100.000 antes da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos EUA (CPI), marcada para terça-feira, 13 de maio.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.