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sábado, maio 17, 2025

Negligência médica e tortura em prisão chavista resultam na morte de opositora na Venezuela

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A jovem opositora venezuelana Ariadna Pinto, de 20 anos, morreu no último sábado (10), após meses de deterioração física causados por negligência médica e maus-tratos durante o período em que esteve presa sob custódia do regime de Nicolás Maduro. A denúncia foi feita pelo Departamento de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela, liderado por María Corina Machado, em comunicado publicado nesta segunda-feira (12).

Ariadna foi detida arbitrariamente em 1º de agosto de 2024 na cidade de Tinaquillo, estado Cojedes, após ser denunciada por uma dirigente local da Unidade de Batalha Bolívar-Chávez (UBCH), estrutura política e militar ligada ao chavismo. Segundo o Vente Venezuela, ela foi acusada injustamente de diversos crimes.

Portadora de Diabetes Tipo I desde a infância e diagnosticada com hipertensão arterial aos 19 anos, Ariadna apresentou um quadro de saúde extremamente delicado durante sua prisão ilegal. Conforme a denúncia, sua saúde “começou a deteriorar-se de maneira progressiva” e ela “sofria descompensações, retenção de líquidos e convulsões”.

No dia 12 de agosto, a jovem foi hospitalizada por hiperglicemia. Após breve estabilização, foi devolvida ao centro de reclusão sem tratamento contínuo. Em 1º de setembro, precisou ser internada novamente devido a complicações severas, com quadro considerado crítico. Apenas em 7 de dezembro de 2024, já em condição agravada e após forte pressão da família, ela foi libertada.

Após a soltura, foi encaminhada ao Hospital de San Carlos com grave retenção de líquidos e dificuldades respiratórias. Submetida a sessões de diálise, sua saúde permaneceu instável. Em 27 de abril, voltou a ser internada por uma recaída e permaneceu hospitalizada até seu falecimento, em 10 de maio, por parada respiratória.

“A morte de Ariadna não foi gerada só por complicações médicas, é o resultado de tratos cruéis e desumanos que recebeu durante sua reclusão, somado à falta de atenção médica especializada e à violação de seus direitos por parte do sistema criminal que encabeça Nicolás Maduro”, denunciou o Vente Venezuela.

O partido classificou o caso como um exemplo do impacto devastador sofrido por presos políticos no país. “Ela é o reflexo do dano físico, emocional e psicológico que enfrentam os presos políticos na Venezuela. As consequências são devastadoras.”

A denúncia ocorre em um contexto de repressão agravada após as eleições presidenciais de julho de 2024, amplamente denunciadas como fraudulentas. De acordo com atas eleitorais compiladas pela oposição, o vencedor legítimo teria sido Edmundo González Urrutia, candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reuniu a oposição ao chavismo. González Urrutia está refugiado na Espanha neste momento, após ser alvo de perseguição do regime.

“O mundo não pode permanecer em silêncio”, alertou o partido de María Corina. “Hoje, muitos dos nossos presos que são heróis enfrentam condições graves de saúde e suas vidas estão deteriorando-se progressivamente. Não podemos permitir que isso siga ocorrendo.”

A nota do partido conclui com solidariedade à mãe da jovem, Elizabeth Pinto, e um apelo por justiça: “Seguiremos alçando a voz até que haja justiça e reparação para todas as vítimas.”



[Fonte Original]

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