O partido político que governa a Bolívia com Luis Arce, o Movimento ao Socialismo (MAS), designou na sexta-feira o ministro do Governo Eduardo del Castillo como seu candidato presidencial para as eleições marcada para o dia 17 de agosto.
A escolha ocorreu após Arce ter desistido de tentar a reeleição, por conta de uma grave crise econômica que levou a protestos dos cidadãos, e minou a sua popularidade.
Grover García, principal dirigente do MAS, fez o anúncio da candidatura durante um comício improvisado na praça principal da capital La Paz, em frente ao Palácio Presidencial Quemado, onde se concentravam dezenas de correligionários.
— Após um processo de consulta às nossas organizações sociais, apresentamos o colega Eduardo del Castillo como nosso candidato presidencial — disse o dirigente do MAS.
Del Castillo, um advogado de 36 anos que liderou o Ministério do Governo depois de Arce ter assumido o poder em novembro de 2020, estava presente ao ato de apoio. Ele manifestou gratidão pela decisão do partido e pela confiança depositada nele e no líder camponês Milán Berna, seu companheiro de candidatura. O agora pré-candidato presidencial anunciou a sua demissão do cargo de ministro.
O MAS deverá registar sua candidatura e a dos candidatos a senadores e deputados no Tribunal Supremo Eleitoral até segunda-feira, 19 de maio, como todos os outros partidos.
Com Del Castillo, a esquerda boliviana tem agora três pré-candidaturas. Os outros dois são o jovem presidente do Senado Andrónico Rodríguez, que ainda não tem partido definido, e o ex-presidente Evo Morales, embora o líder cocaleiro tenha tido sua candidatura previamente invalidada pelos tribunais, mas insiste em registar o seu nome para as próximas eleições.
Candidaturas de oposição
Os pré-candidatos de direita e centro-direita mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais são o empresário Samuel Doria Medina e o ex-presidente Jorge Quiroga.