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domingo, junho 8, 2025

Ibovespa fecha em leve alta em pregão de liquidez limitada

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Em um dia de liquidez bastante limitada no mercado acionário local e sem grandes direcionadores, o Ibovespa teve uma sessão volátil e encerrou em leve alta de 0,23%, aos 138.136 pontos, oscilando entre os 137.795 pontos e os 138.800 pontos. O feriado do Memorial Day nos Estados Unidos fechou as bolsas em Nova York e reduziu o volume de negociação em vários mercados, como o de dólar, juros e renda variável. Ações cíclicas e de bancos responderam por algumas das maiores altas do índice na sessão.

O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 7,9 bilhões, bem abaixo da média diária de R$ 17,1 bilhões registrada desde o começo do ano até a última sexta-feira. Já na B3, o giro bateu R$ 10,8 bilhões.

Além do menor giro financeiro, o mercado permanece à espera de novidades sobre eventuais novas decisões do governo sobre o aumento do IOF. Agentes também monitoram como a equipe econômica irá compensar as receitas perdidas ao voltar atrás sobre a elevação da cobrança sobre o câmbio nas transferências de fundos para o exterior e para remessas destinadas a investimentos.

“Acho que o mercado fica ‘machucado’, porque você vê o governo mexendo num decreto e buscando debaixo do tapete uma minúcia para aumentar a arrecadação”, avalia o chefe de Wealth Management do Andbank, Octávio Arruda, que não descarta a chance de novas reversões diante de judicializações já iniciadas sobre o tema.

O gestor de renda variável da Western Asset, Guto Leite, também avalia que a leitura do mercado é de que o governo sinaliza a intenção de sempre elevar a arrecadação para cumprir o Orçamento. No entanto, ele destaca a importância de o Ministério da Fazenda ter recuado no aumento da alíquota para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior. “Você afasta um pouco esse medo de controle de capital. Acho que [se não recuasse] poderia até fazer o estrangeiro se questionar se ele poderia retirar o capital do país”, aponta.

Se permanecerem como estão, as mudanças nas alíquotas do IOF poderão afetar varejistas que dependem fortemente de financiamento via risco sacado, avalia o Santander. Da mesma forma, companhias altamente alavancadas, que precisam rolar dívidas de curto prazo, também devem ser negativamente impactadas.

O banco cita Magazine Luiza e Grupo Casas Bahia, ambas alavancadas e dependentes de risco sacado, como companhias que tendem a sofrer duplamente. Outras varejistas com alta exposição ao risco sacado incluem Natura &Co e Assaí.

Ambos os papéis chegaram a sofrer bastante na sessão passada, mas passaram por um dia de correção nesta segunda-feira, com Assaí (+5,97%) liderando as altas, seguido por Vivara (+3,94%), e por papéis de algumas instituições financeiras, como Banco do Brasil (+1,02%), que também foi fortemente penalizado na última sexta-feira (23).

Outro destaque ficou para os papéis da Braskem, que subiram 4,15%. A reação positiva é fruto da notícia de que o empresário Nelson Tanure assinou um acordo com a Novonor para evoluir nas tratativas de compra da petroquímica.

Já a maior queda ficou para a Raízen, que cedeu 7,94%. O movimento ocorre depois de três sessões seguidas de alta forte. Ações da Vale também recuaram 0,57%, em linha com as perdas registradas nos contratos futuros de minério de ferro em Dalian.

Enquanto isso, as ações da Petrobras fecharam mistas: as ON subiram 0,03%, ao passo que as PN caíram 0,32%. Segundo operadores, o desempenho misto indica a entrada de fluxo de investidores estrangeiros, que tendem a preferir papéis mais líquidos, caso da ação ordinária da estatal.

Ainda que o episódio do IOF tenha causado ruídos no mercado, a Western avalia que o movimento de rotação de portfólios globais com a saída de fluxo dos ativos americanos deve continuar.

No cenário global, Leite cita o recuo da postura mais agressiva de Trump como um fator importante para afastar temores de uma recessão ampla. Em meio às mudanças no cenário internacional, ele reforça que o Brasil se torna cada vez mais atrativo, com valuations interessantes, proximidade do ciclo eleitoral e do fim do aperto monetário, além de ser um mercado de grande porte.

“Não estamos vendo revisão de lucros [para baixo] do Ibovespa. Achamos que as commodities contrapõem, mas, sem elas, estamos falando de uma revisão de lucros ligeiramente positiva”, pontua. Entre os destaques da carteira estão BTG Pactual, Itaú Unibanco, Bradesco, Cury e Smart Fit.

[Fonte Original]

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