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sábado, junho 7, 2025

Pacífico foi atingido por ondas de calor marinhas sem precedentes em 2024, afirma agência meteorológica da ONU

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A região sudoeste do Oceano Pacífico enfrentou o ano mais quente de sua história em 2024, com temperaturas 0,48 °C acima da média do período entre 1991 e 2020. O aquecimento “sem precedente” das águas coloca em risco a existência de ecossistemas marinhos e economias de regiões costeiras e insulares.

As conclusões foram reveladas nesta quinta-feira (5) pelo relatório “State of the Climate in the South-West Pacific 2024”, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para estudos meteorológicos, hidrológicos e geofísicos.

O estudo chama atenção para o calor recorde em áreas da Austrália e das Filipinas, o que demonstra “sérios riscos à saúde pública, aos meios de subsistência e aos ecossistemas”.

A elevação das temperaturas das águas acentua efeitos climáticos delas derivados, como tufões e furacões. Conforme o relatório, a última temporada de ciclones tropicais nas Filipinas (de setembro a novembro) registrou o dobro da média usual. Ao todo, foram 12 tempestades dessa categoria.

As chuvas “extremas” também causaram destruição e inundações em países como Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Malásia e Indonésia, no que a pesquisa chama de “impacto mortal”, afetando comunidades inteiras e economias locais.

Quase 40 milhões de km² de oceano foram afetados por ondas de calor marinhas — isso representa mais de 10% da superfície oceânica global, ou quase o tamanho do continente asiático”, destaca a professora Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.

“O calor e a acidificação dos oceanos causaram danos duradouros aos ecossistemas marinhos e às economias. A elevação do nível do mar é uma ameaça existencial para nações insulares inteiras. Está cada vez mais evidente que estamos rapidamente ficando sem tempo para reverter essa maré”, completou Saulo.

As pequenas ilhas do Pacífico também convivem com a possibilidade de seu fim. Isso porque o aumento do nível dos oceanos é uma ameaça particular para elas. Nesta região, a elevação do nível das águas superou significativamente a média global.

No geral, o impacto desencadeado pelas mudanças climáticas poderá custar até 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global até o ano de 2050. Estima-se também que, a cada ano, pelo menos 50 mil habitantes das ilhas do Pacífico enfrentam o risco de deslocamento devido aos efeitos adversos das mudanças climáticas.

[Fonte Original]

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