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sábado, junho 7, 2025

Avanço da agricultura esse ano pode fazer Brasil crescer mais que em 2024, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (6) que o Brasil vai crescer mais em 2025 do que os 3,4% do ano passado e retomar o posto de sexta maior economia mundial. Em discurso durante evento em Paris, ele disse que o crescimento da agricultura deve puxar esse incremento.

“Eu sonho que logo, logo esse país estará sendo a sexta economia mundial. Sonho que vamos crescer mais do que os pessimistas dizem”, afirmou Lula. “Se crescemos 3,4% no ano passado sem agricultura bem, acho que o crescimento da agricultura desse ano pode nos permitir crescer mais. O que faz acontecer é trabalho”, completou.

Lula disse que a expansão de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano “mostra que podemos surpreender o mundo outra vez” e crescer “acima da média dos países do mundo inteiro”.

Segundo Lula, esse crescimento depende de negociação e investimentos. “Vamos fazer. Não queremos voltar a ser tratados como país insignificante e pequeno”, afirmou.

O presidente disse que vai ter ao menos três reuniões bilaterais neste ano com países parceiros com quem espera aumentar o fluxo comercial: Índia, Egito e Indonésia. “Em outubro vou para a Ásia vender o que a gente produzir, a nossa carne de qualidade, o café, a soja, o milho, o carro, tudo que a gente produz. E vender também a necessidade de cuidar do meio ambiente.” Segundo Lula, “se tivermos a decência de cumprir o Acordo de Paris, estaremos livres para produzir o que quisermos.”

No evento em que recebeu o certificado oficial do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, Lula disse que esse selo reconhece produtores e frigoríficos brasileiros como “cidadãos de primeira categoria” e vai gerar oportunidades para aberturas e ampliações de mercados para exportação de carnes. Ele projetou a abertura de mercados do Japão e da Coreia do Sul para a venda de cortes bovinos brasileiros.

“No Brasil, o pessoal trabalha com muita seriedade, porque aprenderam que é bom ser bom. Que é bom exportar carne de qualidade e ganhar mercados que pareciam só dos outros, e que o Brasil não tinha chance”, disse Lula.

Lula afirmou que o agronegócio virou o principal negócio do Brasil. Parte do setor ainda tem resistências políticas e ideológicas com o presidente.

“É um dia histórico, por merecimento de cada um de vocês [produtores e frigoríficos] que entenderam que se a gente quer competir a gente tem que ser o melhor. A gente quer produzir a melhor carne, a mais saudável, e queremos disputar os mercados do mundo inteiro com quem quer que seja”, afirmou o presidente.

Lula recebeu o certificado oficial da diretora-geral da OMSA, Emmanuelle Soubeyran, em cerimônia em Paris. Participaram do evento o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e os presidentes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Paulo Mustefaga.

Lula disse que a certificação da OMSA mostra que o Brasil consegue “trabalhar e agradar” pessoas que muitas vezes “não conhecem o Brasil nem os produtores”, e também é capaz de cumprir exigências “absurdas” impostas na relação comercial com as empresas brasileiras.

Empresários de cerca de 30 frigoríficos brasileiros estavam presentes, como Marcos Molina, presidente do Conselho de Administraão da Marfrig, e Renato Costa, presidente da Friboi. Também participaram o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Edivilson Brum, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o governador do Maranhão, Carlos Brandão.

A OMSA aprovou a resolução que reconhece o Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação na quinta-feira da semana passada (29/5), durante assembleia-geral do órgão. O novo status sanitário é buscado há décadas pelo setor produtivo nacional e pode ajudar a abrir mercados mais exigentes para as carnes bovina e suína brasileiras, além de ampliar comércios estratégicos.

* O jornalista viajou a convite da Abiec

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA, em Paris, na França — Foto: Ricardo Stuckert/PR

[Fonte Original]

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