À espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e novos desdobramentos no conflito entre Israel e Irã, as principais bolsas de Nova York abriram próximas à estabilidade nesta quarta-feira (18). Para além da reunião, os investidores também aguardam a divulgação trimestral de projeções econômicas dos dirigentes do Fed e o balanço de riscos da autarquia antes de tomarem novas posições, com a expectativa de obter mais clareza sobre a trajetória dos juros no país.
O índice Dow Jones mostrava alta de 0,03%, aos 42.229,62 pontos, próximo às 10h35 (horário de Brasília). Já o S&P 500 subia 0,01%, aos 5.983,28 pontos; enquanto o índice eletrônico Nasdaq perdia 0,07%, aos 19.506,51 pontos. O setor mais beneficiado era o de energia (+0,77%), enquanto a maior queda era das ações de saúde (-0,36%).
Teerã e Tel Aviv caminham para o sexto dia consecutivo de ataques. Na visão dos profissionais do Lombard Odier, o cenário mais provável para evolução do conflito são confrontos controlados, que levarão a um acordo entre os EUA e o Irã. “Isso provavelmente manterá soluções diplomáticas em aberto, mas deixará questões centrais sem solução, incluindo um acordo mais abrangente sobre o programa nuclear iraniano”, disseram.
Samy Chaar e Luca Bindelli acrescentam que bancos centrais tendem a não reagir exageradamente aos picos de preços do petróleo, devido à sua natureza transitória, e, em vez disso, concentram-se no núcleo da inflação. Eles esperam que o Fed mantenha as taxas inalteradas na reunião de hoje, mas que a autarquia corte os juros três vezes ainda neste ano — uma projeção mais otimista do que o consenso do mercado, que precifica apenas duas reduções nos Fed Funds até dezembro.
Com os investidores focados nos desdobramentos geopolíticos e na decisão do Fed, dados de economia real ficaram em segundo plano hoje. Os pedidos semanais de seguro-desemprego somaram 245 mil na semana anterior, levemente abaixo da estimativa média de 246 mil. Já as construções de novas moradias caíram 9,8% em maio ante abril, bem abaixo do consenso de queda de 0,8% do mercado.