13.5 C
Brasília
quinta-feira, julho 3, 2025

Museu Nacional reabre parcialmente à visitação do público a partir desta quarta-feira; saiba mais

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Em setembro de 2018, as chamas levaram séculos de pesquisa científica e de História quando um trágico incêndio destruiu o acervo e parte da estrutura do Museu Nacional. A partir desta quarta-feira, um novo capítulo em seus 207 anos começa. O espaço é reaberto ao público, ainda de forma parcial, com passeio por três salões do Palácio de São Cristóvão, alguns dos quais ainda têm as paredes com marcas do incêndio.

Podem ser visitados os seguintes espaços recuperados: o que abriga o meteorito Bendegó, que estava no museu durante as chamas; o local onde ficam a escadaria de mármore e o enorme esqueleto de uma baleia cachalote; e uma sala com esculturas em Carrara recuperadas que será modificada e pintada — a ideia é mostrar a transformação.

Entre as peças museológicas recuperadas e as que farão parte da mostra, o esqueleto de 15,7 metros de comprimento de um cachalote chama atenção. Para que fosse instalado sobre a escada de mármore da entrada do Palácio, um restauro e uma preparação do material biológico precisaram ser feitos. O tempo de duração foi de dois meses. O procedimento teve etapas como consolidação óssea, pintura e até reposição de algumas estruturas esqueléticas do cetáceo, além do içamento e da afixação de peças, que pesam cerca de três toneladas. O museu lança uma campanha para que a população dê um nome ao esqueleto, o maior da América do Sul em exposição.

Paredes marcadas pela tragédia. A sala que abriga esculturas em mármore de Carrara, entre outros objetos, conserva vestígios do incêndio de 2018. A ideia é mostrar o ambiente transformado no futuro — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

Em outras etapas, adiante, doações de museus da Europa também poderão ser expostas.

Para conhecer a mostra “Entre Gigantes: Uma experiência no Museu Nacional” é preciso agendar e retirar gratuitamente os ingressos no Sympla. Diariamente, 300 entradas serão disponibilizadas. Parte do trabalho de restauro do museu, ainda em andamento, também poderá ser vista. A experiência vai apenas até o fim de agosto.

Durante o anúncio da reabertura, na última segunda-feira (30), o ministro da Educação afirmou prever a abertura total do palácio entre 2027 e 2028. Ainda é necessário captar R$ 169,6 milhões do valor integral do projeto Museu Nacional Vive, que é de cerca de R$ 500 milhões.

— Foram R$ 330 milhões já captados. Faltam quase R$ 170 milhões. O governo federal trará mais recursos — prometeu Santana.

Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, vai ser reaberto nesta quarta-feira — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, vai ser reaberto nesta quarta-feira — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

Dos R$ 500 milhões do Projeto Museu Nacional Vive necessários para completar a recuperação, o BNDES contribuiu com R$ 100 milhões. Emendas parlamentares deverão aportar R$ 56,4 milhões; o MEC, R$ 44,3 milhões; o Ministério da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, R$ 20 milhões. Da iniciativa privada, a Vale contribuiu com R$ 50 milhões; Bradesco, R$ 50 milhões; Itaú, R$ 10 milhões; e Cosan, R$ 7,3 milhões.

O orçamento ainda contou com doações de pessoas físicas — R$ 68 mil —, com valores de rendimentos financeiros — R$ 3,5 milhões — e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), R$ 200 mil.

Para os próximos anos, outras aberturas parciais são projetadas.

— Queremos abrir temporariamente três ambientes para acesso, aos poucos. Esse ato tem um simbolismo forte. São 207 anos desse espaço. Ele passou pelo incêndio em 2018, todo o Brasil acompanhou, mas é um espaço educacional, histórico e científico que vai gerar oportunidades para pessoas do Rio de Janeiro e de todo país — disse o ministro durante o encontro.

Andrea Costa, vice-presidente do museu, contou que um dos ambientes manterá viva a história, inclusive por meio das marcas que o fogo deixou. A Sala das Vigas, que já acomodou o Auditório Roquette Pinto, trará esse símbolo nas paredes:

— Lá foi onde começou o incêndio e vai ficar como está: com os tijolos, as vigas retorcidas, queimadas. Foi um evento tão dramático na história do edifício e da instituição que a gente resolveu deixar o espaço como um testemunho — destacou no encontro na última segunda-feira.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img