A Polícia Federal (PF) foi acionada para investigar um ataque hacker contra a C&M Software, empresa que presta serviços de tecnologia para instituições do setor financeiro, e que teve mais de R$ 1 bilhão desviados em recursos que estavam depositados em contas reservas mantidas no Banco Central, segundo estimativa do Brazil Journal.
De apenas uma instituição que usava os serviços da C&M, foram desviados R$ 500 milhões, segundo reportagem desta quarta-feira (2) da Folha de S. Paulo.
Os invasores tentaram converter parte dos valores roubados em criptomoedas como Bitcoin (BTC) e Tether (USDT). Rocelo Lopes, CEO da SmartPay, disse à Folha que sua equipe detectou movimentações atípicas de BTC e USDT na madrugada da última segunda-feira (30). Ele informou que a empresa então reteve grandes somas e iniciou prontamente a devolução dos valores às instituições envolvidas.
Embora ainda não haja um inquérito formal, a PF foi acionada e o Banco Central determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela empresa atacada.
A C&M confirmou ter sido alvo de um ataque, mas não revelou detalhes sobre a extensão dos danos. Um de seus clientes, a BMP, informou que contas de seis instituições, além da sua própria, foram comprometidas. Apesar disso, o banco garantiu que arcará com os prejuízos de forma que os clientes não sejam afetados.