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quinta-feira, julho 3, 2025

Quantos Bitcoins estão ‘perdidos’? Suprimento inativo é ‘força oculta’ por trás da alta do preço do BTC

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Muitos investidores de criptomoedas ignoram que a real escassez do Bitcoin é significativamente maior do que o suprimento total de 21 milhões de unidades inscrito em seu código-fonte.

Isso ocorre porque pelo menos 30% dos Bitcoins existentes provavelmente jamais voltarão a circular, explica Rafaela Romano, pesquisadora e fundadora da SecondB, em análise exclusiva para o Cointelegraph Brasil.

As carteiras associadas a Satoshi Nakamoto, moedas mineradas nos primeiros anos da rede que jamais foram movidas, e fundos que não são transacionados há mais de meia década representam esse estoque de “Bitcoins perdidos.”

“Adotando uma estimativa conservadora de 6 milhões de BTC permanentemente perdidos (incluindo aproximadamente 1 milhão atribuídos a Satoshi Nakamoto), e considerando o suprimento atual de 19,86 milhões de BTC, temos um total de apenas 13,8 milhões de moedas efetivamente em circulação”, afirma Rafaela.

Gráfico de moedas perdidas e suprimento ativo de Bitcoin. Fonte: Alphractal

Dados do provedor de análise on-chain, derivativos e métricas macroeconômicas Alphractal mostram que 6,4 milhões de BTC permanecem inativos desde 2018. Segundo Rafaela, esse número sugere a existência de um piso de Bitcoins permanentemente imobilizados — moedas que, independentemente da valorização do ativo, permanecerão intocadas.

Tecnicamente identificadas como “suprimento inativo”, essas moedas tendem a agir como um dos principais catalisadores “ocultos” do preço do Bitcoin, especialmente num horizonte temporal de longo prazo.

Rafaela destaca que o choque de oferta pode ser ainda maior, considerando que 2,8 milhões de BTC estão nas mãos de investidores institucionais, incluindo Bitcoin Treasury Companies, governos e estados nacionais e ETFs negociados nos EUA.

Embora esse montante possa oscilar devido a eventuais vendas ou reposicionamentos estratégicos, restam, de fato, “aproximadamente 11 milhões de Bitcoins em circulação nas mãos de investidores individuais”, ressalta a pesquisadora.

Investidores de longo prazo não estão se desfazendo de suas posições como em ciclos anteriores

Embora seja impossível determinar com absoluta certeza qual percentual de Bitcoins jamais será movimentado novamente, a análise de dados on-chain também pode ajudar a entender se os preços atuais estão ou não suficientemente altos para motivar os detentores de longo prazo a realizar lucros, acrescenta a analista.

Rafaela destaca que no atual ciclo de alta, não tem sido registrado um aumento relevante no suprimento ativo, “algo que historicamente precede os topos de mercado.”

“Isso indica que, mesmo com os preços elevados, os detentores de longo prazo não estão dispostos a vender — sinalizando uma confiança robusta no valor futuro do Bitcoin”, conclui a pesquisadora.

O suprimento de Bitcoin (BTC) disponível para negociação em exchanges atingiu 14,5% recentemente – o nível mais baixo desde agosto de 2018, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil. As mesas de negociação de balcão (OTC), que intermediam negociações privadas de grandes volumes, também estão enfrentando escassez de oferta.

A escassez de Bitcoin em exchanges e OTCs pode antecipar um choque de oferta, impactando diretamente o preço do ativo no mercado à vista.

[Fonte Original]

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