O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (02) em queda de 0,36%, aos 138.050,93 pontos, pressionado pela piora na percepção política e pelo desempenho negativo dos bancos, apesar da força de ações como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
A tensão institucional ganhou novos capítulos com a judicialização do decreto do IOF, enquanto o Congresso avança com o discurso pró-reforma administrativa. No campo econômico, a produção industrial de maio veio dentro do previsto e reforça uma leitura de recuperação gradual da atividade, mas o clima ainda é de instabilidade, especialmente diante das incertezas sobre o futuro da política fiscal.
No exterior, os investidores repercutiram os dados do mercado de trabalho dos EUA — com corte inesperado de vagas no setor privado — e acompanharam declarações de Trump sobre tarifas e um novo acordo comercial com o Vietnã. Os índices em Nova York fecharam mistos.
Para os traders do mini-índice, o dia foi marcado por movimentos de baixa, refletindo o enfraquecimento do índice à medida que setores de grande peso — como bancos e consumo — pressionaram o Ibovespa, mesmo diante da recuperação das commodities.
O mercado testou pontos de suporte importantes ao longo do pregão, em um contexto de fluxo mais reduzido pela semana mais curta nos EUA, com o feriado de 4 de julho se aproximando.
Com a divulgação do payroll antecipada para esta quinta-feira, os próximos movimentos do índice futuro devem acompanhar a leitura dos dados de emprego nos Estados Unidos e seus impactos sobre a expectativa de corte de juros pelo Fed, além de possíveis desdobramentos da disputa política em Brasília.
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Os contratos do mini-índice (WINQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão com queda de 0,25%, aos 141.435 pontos.
No gráfico diário, a estrutura segue com viés altista, com o ativo sendo negociado acima das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos. O IFR (14) está em 54,46, em zona neutra.
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A resistência relevante está em 143.030/143.710, e seu rompimento pode levar o ativo às regiões de 145.080/145.630. Do lado oposto, o suporte está em 137.390/136.800, cuja perda pode intensificar a pressão vendedora em direção a 134.550/133.560 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o pregão anterior foi marcado por uma disputa equilibrada entre vendedores e compradores. Durante a manhã, a força vendedora ganhou destaque ao pressionar o mini-índice após um teste na região de resistência, levando o ativo a recuar em direção aos suportes.
No entanto, ao longo da tarde, os compradores reagiram, retomando o controle do movimento e promovendo uma recuperação que garantiu o fechamento acima das principais regiões de suporte, bem como das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos.
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Esse comportamento mantém o viés positivo no curtíssimo prazo, embora exija atenção redobrada aos níveis técnicos decisivos. As faixas de suporte em 141.085/140.905 e resistência em 142.000/142.340 devem atuar como os principais gatilhos para o direcionamento do pregão.
Para esta quinta-feira (03), os traders devem acompanhar de perto os seguintes níveis: suportes em 141.085/140.905 (1), 140.320/140.065 (2) e 139.645/139.290 (3), e resistências em 142.000/142.340 (1), 142.980/143.255 (2) e 144.450/145.065 (3). A atuação do preço nessas regiões tende a determinar o rumo da sessão.
Para que o ativo retome o movimento de alta, será necessário romper com volume a resistência em 142.000/142.340, o que pode liberar espaço para um avanço em direção aos próximos alvos em 142.980/143.255, com possibilidade de extensão até 144.450/145.065.
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Por outro lado, se houver perda da faixa de suporte em 141.085/140.905, especialmente por ser uma região que coincide com as médias móveis de curto prazo, o fluxo vendedor pode se intensificar, mirando as próximas zonas de suporte em 140.320/140.065 e, posteriormente, 139.645/139.290 pontos.
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WINQ25: Gráfico de 60 minutos
Já no gráfico de 60 minutos, o mini-índice preservou uma configuração técnica favorável ao se manter acima das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos — o que indica que, apesar da correção pontual, os compradores ainda mantêm o controle do curto prazo.
O ativo chegou a testar uma resistência de alta relevância, onde a presença de vendedores limitou o avanço, sugerindo que essa faixa seguirá como uma zona de disputa intensa entre os dois lados do mercado. Esse comportamento reforça a importância de observar o volume nas próximas movimentações, já que ele será determinante para definir a direção do próximo impulso.
Sendo assim, a resistência a ser superada está em 142.000/142.300 pontos. Caso essa região seja rompida com aumento de volume, o ativo poderá destravar nova perna de alta, com alvos traçados em 142.950/143.370 e, em continuidade, na região de 144.450/145.165 pontos.
Por outro lado, a perda do suporte em 141.000/140.800 poderá sinalizar fraqueza compradora e abertura de espaço para correção mais ampla, com alvos projetados inicialmente em 139.825/139.450, e, em caso de intensificação da pressão vendedora, até a faixa de 138.750/138.305 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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