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A quinta-feira (3) foi marcada pela divulgação do relatório de emprego payroll nos Estados Unidos. O documento do Departamento de Trabalho mostrou que o país gerou 147 mil novas vagas de trabalho fora do setor agrícola ao longo do mês de junho, um avanço de três mil empregos em relação a maio. Já a taxa de desemprego caiu para 4,1%. A notícia fez o dólar subir no início do dia, no entanto, o alto fluxo de entrada da moeda no Brasil, culminou em sua queda.
No final da sessão, o dólar à vista registrou queda de 0,27%, sendo cotado a R$ 5,4047. Esse é o menor valor da divisa americana desde 24 de junho de 2024, quando encerrou o dia a R$ 5,3904. Nos pregões mais recentes, ainda que o noticiário externo tenha fornecido motivos para a sua alta, a moeda tem se mantido estável em função do diferencial de juros entre a Selic (15%) e a projeção de corte nos juros americanos, prevista para ocorrer até o final de 2025.
Se por um lado, o dólar registrou o seu menor valor no ano, por outro, o Ibovespa teve uma nova máxima histórica, ao encerrar esta quinta com 140.927,86 pontos, um avanço de 1,35%. A alta foi não só desencadeada pelo payroll e os recordes em Wall Street, mas também pela valorização das ações de bancos.
Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq, referências do mercado acionário americano, também renovaram máximas, enquanto o rendimento do Treasury de 10 anos avançou a 4,3477%, de 4,293% na quarta-feira (2).
Destaques
– ITAÚ UNIBANCO PN avançou 2,47%, com bancos como um todo com sinal positivo, fortalecendo o Ibovespa. BRADESCO PN valorizou-se 2,38% e SANTANDER BRASIL UNIT subiu 0,1%. BANCO DO BRASIL ON fechou com acréscimo de 1,41%, tendo ainda no radar anúncio de que destinará R$ 230 bilhões para o financiamento da safra 2025/26.
– EMBRAER ON subiu 4,42%, renovando máximas, após divulgar na véspera que entregou 61 aeronaves no segundo trimestre, montante 30% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Analistas do BTG Pactual afirmaram que os dados ficaram acima das suas expectativas e reiteraram recomendação de compra para as ações.
– VALE ON cedeu 0,47%, sem sustentar os ganhos vistos em parte da sessão, mesmo com a alta dos futuros de minério de ferro na China, com novo impulso de Pequim para conter a concorrência. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 2,45%, a 733 iuanes (R$ 553,61) a tonelada.
– PETROBRAS PN encerrou com elevação de 0,34%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado global. O barril de Brent fechou em queda de 0,45%, a US$ 68,80 (R$ 372,31). A Petrobras também prevê aportar R$ 26 bilhões na integração de atividades entre a sua refinaria em Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí.
– AMBEV ON recuou 1,25%, entre as poucas quedas do dia. Analistas do Citi afirmaram em relatório, no final da quarta-feira, que saíram de apresentação da empresa nessa semana mantendo a visão neutra para a ação, “devido às condições competitivas difíceis no Brasil e à volatilidade macroeconômica de curto prazo em seus principais mercados”.