Tudo sobre China
Após 4 anos de testes, a China revelou a primeira turbina de impulso com capacidade de 500 MW. A gigante será instalada na Usina Hidrelétrica de Datang Zala, na Região Autônoma do Tibete. A usina está localizada no rio Yuqu. As informações são do South China Morning Post.
A turbina foi desenvolvida com tecnologia inteiramente chinesa pela Harbin Electric Machinery Company. O segundo o jornal chinês Science and Technology Daily, a tecnologia é conhecida como turbina de impulso. “Uma turbina hidráulica de impulso é uma máquina que direciona o fluxo de água por meio de um duto pressurizado para atingir uma roda tipo balde e converter energia”, explicou o jornal.
China on Wednesday announced the successful development of the world’s largest impulse turbine runner, with an outer diameter of 6.23 meters, for the world’s first 500-MW impulse turbine. Two such turbines will be installed at the Datang Zala Hydropower Station in southwest… pic.twitter.com/E0JGdeJTWD
— People’s Daily, China (@PDChina) July 2, 2025
A turbina em números
- Geração de 4 bilhões de kWh por ano (segundo a China Datang Corporation, empresa responsável pelo projeto);
- Redução de 3,7 milhões de toneladas de emissões de carbono;
- Diâmetro externo de aproximadamente 6 metros.
O material escolhido para a fabricação da turbina foi o aço martensítico. Trata-se de um aço inoxidável que apresenta resistência à corrosão e alta durabilidade.
Um fator essencial para o desempenho da turbina é o design, projetado para aumentar a eficiência, respeitando a queda d’água vertical da usina de Zala. Há uma distância de 671 metros entre o reservatório e a turbina. Essa grande altura permite que a água atinja a turbina com força significativa, tornando as turbinas de impulso ideais para o local.

Leia mais:
Essa nova tecnologia poderá ajudar a China a cumprir sua meta de neutralidade de carbono, que deve ser alcançada até 2060.
A usina deve produzir cerca de 4 bilhões de kWh por ano, o que equivale à queima de 1,4 milhão de toneladas de carvão no mesmo período. Isso representa uma redução de 3,7 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono.
Um dado da Associação Internacional de Hidrelétricas aponta que, em 2024, a China foi o país que mais adicionou capacidade hidrelétrica. A usina de Datang Zala deve iniciar suas operações em 2028, segundo a agência estatal Xinhua.

(Imagem: Shutterstock AI/Shutterstock)
A China também lidera no desenvolvimento de hidrelétricas reversíveis. A base para esse sistema é composta por dois reservatórios em diferentes elevações. Quando há excesso de eletricidade na rede, a água é bombeada para o reservatório mais alto. Durante os picos de demanda, a água é liberada para gerar energia.
“Com mais de 200 gigawatts de capacidade de armazenamento por bombeamento em construção ou aprovados, a China está no caminho para ultrapassar sua meta de 120 GW até 2030, podendo atingir 130 GW até o final da década”, disse a associação em um relatório recente.