24.5 C
Brasília
terça-feira, julho 8, 2025

AtlasIntel: Governo Lula é ruim ou péssimo para 51,2%

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado de forma negativa pela maioria da população e 51,2% consideram a gestão ruim ou péssima, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça-feira (8). Para 41,6%, a administração é ótima ou boa e 7,2% afirmam que é regular.

Em relação à pesquisa anterior, de maio, as avaliações negativa e positiva do governo Lula tiveram uma pequena oscilação para baixo, mas dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Na rodada anterior, 52,1% consideravam a gestão ruim ou péssima, uma diferença de menos de um ponto percentual dos 51,2% registrados agora. Foram os dois piores resultados registrados pelo governo Lula na série histórica do instituto, desde janeiro de 2024. A percepção positiva, de ótimo ou bom, foi de 41,9% para 41,6% nesse período.

Desde dezembro de 2024, a avaliação negativa do governo Lula tem superado a percepção positiva. No recorte por renda, os maiores percentuais de “ruim ou péssimo” foram registrados entre aqueles com renda familiar de até R$ 2 mil (57%) e as famílias que ganham entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (55,8%). Essa fatia da população, de mais baixa renda, é onde Lula costumava ter uma melhor avaliação de sua gestão.

Entre os evangélicos, a avaliação negativa chega a 77,5%, enquanto entre os católicos 45% consideram o governo ruim ou péssimo.

A desaprovação do desempenho do presidente Lula oscilou de 53,7% registrados em maio para 51,8% agora. A aprovação foi de 45,4% para 47,3% — maior percentual registrado neste ano.

Desde dezembro de 2024 a desaprovação do desempenho de Lula é maior do que a aprovação. Em maio, a desaprovação bateu recorde, depois a divulgação de um amplo esquema de fraudes e desvio de recursos de aposentadorias e pensões do INSS.

A desaprovação de Lula também é maior entre as pessoas com renda familiar de até R$ 2 mil (58% desaprovam) e na faixa entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (56,1%).

Em uma tentativa de ampliar o apoio do eleitorado de baixa renda, o governo Lula e o PT reforçaram na semana passada a aposta na bandeira dos “ricos contra os pobres” e de “justiça tributária”, para elevar a taxação de quem ganha mais. Esse discurso, no entanto, gerou mais desgaste do governo com o Congresso.

Comparação com Bolsonaro

Na comparação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a gestão Lula é vista por 54% como pior na área de “impostos e carga fiscal”. Outros 53% avaliam que Lula é pior do que Bolsonaro na área de “responsabilidade fiscal e controle de gastos” e 52% avaliam que a atual gestão é pior na área de segurança. Em uma pergunta sobre o aumento do IOF, derrubado pelo Congresso Nacional, 52% consideraram um erro da gestão Lula e para 44% foi um acerto.

A pesquisa perguntou sobre como as pessoas avaliam a situação econômica neste momento. Para 49%, a economia do país está ruim e 36% consideram boa. Em relação ao emprego, 44% acham que a situação está ruim e 40% avaliam como boa. Questionados sobre a situação de suas famílias, 40% acham que está ruim e para 36% está boa.

Ao falar sobre a perspectiva econômica do país para os próximos seis meses, há um empate: 43% acham que vai melhorar e 42% acreditam que vai piorar. Em relação à situação do emprego, a avaliação é um pouco mais positiva e 43% dizem que vai melhorar, enquanto para 38% deve piorar. A situação de sua própria família deve melhorar para 43% e piorar para 31%.

Na pesquisa, a corrupção aparece como o pior problema do país, apontado por 58,1%. Na sequência aparecem criminalidade e tráfico de drogas, citados por 46,8% e economia e inflação, mencionados por 28%. As pessoas que responderam a pesquisa podiam citar até três problemas.

Imagem dos líderes políticos

O instituto de pesquisa apresentou uma lista de políticos e perguntou se as pessoas têm uma visão positiva ou negativa sobre eles.

As piores imagens são as dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), citados respectivamente por 75% e 74% dos entrevistados como políticos com imagem negativa.

Lula tem uma imagem negativa para 53%, mesmo percentual registrado por Bolsonaro. O atual presidente é visto de forma positiva por 47%, e o ex-presidente, por 46%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado como um eventual candidato presidencial em 2026, tem uma imagem negativa para 47% — mesmo percentual dos que citaram uma imagem positiva.

Confiança nas instituições

Em meio a um embate com o governo, o Congresso Nacional é a instituição com menor grau de confiança dos entrevistados: 63% dizem não ter nenhuma confiança e apenas 2% dizem muita confiança. Já em relação ao governo federal, 39% afirmam não ter nenhuma confiança e 38% dizem ter muita confiança.

Em relação à democracia, 81,5% dizem concordar com a afirmação de que é a melhor forma de governo para o país.

A maioria dos entrevistados (76,2%) dizem que o Brasil enfrenta atualmente uma crise democrática. O Judiciário é apontado como o principal ameça à democracia, para 42,8%. Na sequência da lista das “principais ameaças à democracia” aparecem o governo, com 38,8% das citações, o Congresso, com 28,9% e a elite econômica com 25%, percentual semelhante aos 24% registrados pela oposição.

Na pesquisa, 69,2% dizem que “não apoiariam, de jeito nenhum” um governo não democrático se ele resolvesse problemas graves como criminalidade ou desemprego; 23% afirmam que “talvez, dependendo a situação” e 5,8% dizem que apoiaram com certeza.

Questionados sobre o nível de interesse por política, 65% disseram ter muito interesse, 28,2% têm algum interesse e 5,1% disseram pouco interesse. Apenas 1,8% disse ter nenhum interesse por política.

O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança da margem de erro é de 95%. A pesquisa foi feita entre os dias 27 e 30 de junho com 2.621 respondentes, e consta no relatório “Latam Pulse”, em iniciativa conjunta entre AtlasIntel e Bloomberg, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img