Dado Ruvic/Illustration/Reuters
Acessibilidade
Em resposta à intensificação das tensões comerciais provocadas pelo presidente americano, Donald Trump, a China alertou nesta terça-feira (8) que pode retaliar suas cadeias de oferta a países que fecharem acordos com os EUA.
Washington e Pequim concordaram com uma estrutura comercial em junho, que restaurou uma frágil trégua mas, sem detalhes, operadores e investidores aguardam para ver se ela vai desmoronar ou se tornar mais duradoura.
Na segunda-feira, o presidente americano começou a notificar parceiros comerciais sobre tarifas mais altas a partir de 1º de agosto, depois de ter adiado algumas taxas para que acordos pudessem ser fechados.
A China, inicialmente com tarifas que excediam 100%, tem até 12 de agosto para alcançar um acordo com a Casa Branca e evitar que Trump retome restrições adicionais de importação adotadas em abril e maio.
“Uma conclusão é bastante clara: diálogo e cooperação são a única trajetória correta”, disse o jornal People’s Daily em um comentário, referindo-se às discussões na atual rodada de tensão comercial sino-americana.
O artigo foi assinado “Zhong Sheng”, ou “Voz da China”, um termo que o jornal usa para expressar opiniões sobre a política externa.
Reiterando a visão de Pequim de que as tarifas de Trump equivalem a “intimidação”, o jornal acrescentou: “a prática provou que apenas mantendo firmemente posições de princípio é possível verdadeiramente proteger os direitos e interesses legítimos de alguém”.
A tarifa média dos EUA sobre as exportações chinesas é agora de 51,1%, enquanto a taxa média da China sobre produtos dos EUA é de 32,6%, com ambos os lados cobrindo todo o seu comércio, de acordo com o Instituto Peterson para Economia Internacional.