O Brasil alcançou uma posição de destaque no cenário global de criptomoedas. O novo relatório da Chainalysis colocou o país como o 5º maior em adoção de criptoativos no mundo. O índice, divulgado em 2025, mede o uso real das moedas digitais por diferentes camadas da população, tanto em transações do dia a dia quanto em operações institucionais.
O estudo avaliou 151 países e mostrou que Índia, Estados Unidos, Paquistão e Vietnã lideram o ranking. O Brasil aparece logo atrás dessas economias, superando nações de peso como Nigéria, Indonésia e Ucrânia. O resultado confirma a força da América Latina como um polo emergente de inovação financeira, ao lado da Ásia, que dominou as primeiras posições.
Segundo o levantamento, a metodologia inclui quatro pilares: volume de transações em serviços centralizados, valor movimentado por usuários de varejo, operações realizadas em protocolos DeFi e o nível de atividade institucional. No caso brasileiro, o equilíbrio entre todas as categorias garantiu a colocação no top 5.
Crescimento acelerado na América Latina
O relatório destacou que a América Latina foi uma das regiões que mais cresceu em 2025, com alta de 63% nas transações on-chain. Esse avanço só ficou atrás da Ásia, que registrou 69%. Para especialistas, o movimento brasileiro está ligado ao aumento da digitalização financeira e à busca por alternativas diante da instabilidade econômica.
Outro fator relevante é o uso de stablecoins. Cada vez mais brasileiros recorrem a ativos pareados ao dólar para proteger o poder de compra e facilitar transações internacionais. Plataformas de pagamentos digitais, corretoras locais e até bancos tradicionais passaram a oferecer acesso a esses ativos.
Impacto da adoção institucional
Embora o índice foque na adoção popular, a presença de grandes investidores e empresas também ganhou peso em 2025. O estudo incluiu pela primeira vez um sub-índice de atividade institucional, o que refletiu o crescimento do mercado no Brasil. Com a entrada de fundos de investimento, fintechs e até gestoras tradicionais, o país consolidou sua posição como referência regional.
Os dados mostram ainda que a adoção de criptomoedas no Brasil está espalhada por diferentes faixas de renda. Desde investidores sofisticados até usuários que utilizam stablecoins para transferências e pagamentos cotidianos, o avanço é amplo e consistente.
No cenário internacional, o destaque da Ásia, com Índia e Vietnã à frente, reforça a força dos mercados emergentes. Porém, o resultado brasileiro evidencia que a criptoeconomia já é realidade por aqui. Com mais clareza regulatória e aumento das opções de acesso, a tendência é que o país continue entre os líderes globais nos próximos anos.