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sábado, setembro 6, 2025

Juros futuros têm forte queda após ‘payroll’ reforçar perspectiva de corte de juros nos EUA

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Os juros futuros fecharam o pregão desta sexta-feira (5) em forte queda após a leitura de agosto do relatório oficial do mercado de trabalho dos Estados Unidos — o chamado “payroll” — vir abaixo do esperado e reforçar a perspectiva por cortes de juros do Federal Reserve (Fed), o que tende a abrir caminho para uma política monetária menos restritiva também no Brasil.

Com o movimento de hoje, as taxas apagaram a alta acumulada no começo da semana e encerraram em níveis inferiores em relação ao fechamento da última sexta-feira, mesmo depois de um calendário intenso de emissões do Tesouro Nacional e em meio a preocupações do mercado com a saúde fiscal das economias desenvolvidas.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 ficou estável ante o ajuste anterior, a 14,89%; a do DI de janeiro de 2027 cedeu de 13,97% a 13,92%; a do DI de janeiro de 2029 anotou forte queda de 13,29% para 13,16%; e a do DI de janeiro de 2031 despencou de 13,63% a 13,475%.

Nos Estados Unidos, o pregão foi parecido, com um alívio amplo ao longo de toda a extensão da curva de rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). A taxa da T-note de dois anos caiu de 3,598% a 3,517%, e a da T-note de dez anos cedeu de 4,162% a 4,083%.

Conforme mostrou o payroll divulgado hoje, a economia americana adicionou apenas 22 mil novas vagas de trabalho em agosto, resultado que ficou bem abaixo da estimativa já conservadora de 75 mil empregos. Além disso, a taxa de desemprego do país subiu de 4,2% a 4,3%, de acordo com o esperado.

Vale ressaltar que o fraco desempenho do mercado de trabalho americano em agosto vem depois de uma série de revisões para baixo de payrolls anteriores que indicaram uma perda de fôlego relevante da economia. Dessa forma, o mercado, que já tinha convicção de que o Fed deve cortar os juros este mês, passou a especular a respeito da possibilidade de que o BC dos Estados Unidos reduza a sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, em vez do movimento mais usual de 0,25 ponto.

Conforme mostram os dados compilados pelo CME Group, o mercado precifica de 8% de chance de que o Fed opte pela decisão mais agressiva no próximo dia 17, contra uma probabilidade de 92% para o corte mais contido. Para o restante do ano, os investidores veem uma chance de mais de 66% de que o BC americano reduza os Fed funds nas suas três reuniões restantes em 2025, para uma taxa no intervalo de 3,50% a 3,75%.

No caso do Brasil, o provável início dos cortes do Fed encontra ainda um quadro de desaceleração econômica e inflação mais baixa que ficou mais evidente ao longo do mês de agosto, destaca a carta mensal da Azimut Brasil Wealth Management. Nesse contexto, a casa afirma estar posicionada nos vértices intermediários da curva de juros prefixados, de olho em potenciais ajustes do mercado a fim de precificar o ciclo de corte de juros do Copom.

“O mês de agosto trouxe mudanças relevantes na percepção dos mercados em relação à trajetória da política monetária, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Em ambos os casos, a precificação passou a refletir maior probabilidade de cortes de juros nos próximos trimestres, ainda que a parte longa das curvas permaneça pressionada por riscos fiscais e institucionais”, ponderam os profissionais da Azimut, que ainda revelam carregar exposição nas NTN-B (títulos atrelados ao IPCA), “dado o nível historicamente atrativo e a função de proteção contra choques inflacionários”.

— Foto: Pixabay

[Fonte Original]

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