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A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da França de ‘AA-’ para ‘A+’, diante da crescente dívida pública do país europeu e da fragmentação política que tem dificultado um processo de consolidação fiscal. A agência estima que o déficit fiscal do país irá permanecer acima de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos. A perspectiva da nota ficou estável.
No comunicado da decisão, a Fitch avalia que a fragmentação política na França dificulta a consolidação fiscal, citando a derrota do ex-primeiro ministro François Bayrou em um voto de confiança no Parlamento nesta semana, na tentativa de aprovar um projeto orçamentário.
“Essa instabilidade enfraquece a capacidade do sistema político de implementar consolidação fiscal substancial e torna improvável que o déficit fiscal principal seja reduzido para 3% do PIB até 2029, conforme a meta do governo que está deixando o cargo”, disse a agência. Para a Fitch, a eleição presidencial da França em 2027 deve limitar ainda mais a perspectiva de consolidação no cenário fiscal.
Os economistas da agência projetam um déficit fiscal de 5,5% do PIB neste ano, próximo da meta de 5,4% do atual governo e abaixo dos 5,8% registrados no ano passado. No entanto, a Fitch ressalta que esse valor permanece alto em relação à mediana projetada da zona do euro de um déficit de 2,7% do PIB e também é mais alto que o da categoria ‘A’ de classificação de crédito, que é de 2,9%. Para 2025 e 2026, a agência espera que o déficit francês permaneça acima de 5%.