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domingo, setembro 14, 2025

Ibovespa recua com perdas em blue chips; BB avança, na contramão do setor

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Depois de testar os 144 mil pontos e marcar novo recorde de fechamento na sessão de ontem, o Ibovespa passou por um dia de realização de lucros e de forte instabilidade nesta sexta-feira (12). O movimento pode ter sido intensificado pelo baixo volume financeiro da sessão, que chegou a R$ 12,2 bilhões no índice e a R$ 16,4 bilhões na B3.

O índice começou o dia em queda firme, com investidores atentos a uma possível escalada das tensões entre EUA e Brasil, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No fim da manhã, porém, a percepção de que parecia menor a probabilidade de uma nova retaliação americana no curto prazo fez a principal referência acionária devolver parte das perdas.

No meio da tarde, no entanto, o índice voltou a ampliar o recuo, com a virada para o negativo de blue chips de commodities e com a intensificação das perdas em ações de bancos. Após oscilar bastante, o Ibovespa encerrou em queda de 0,61%, aos 142.272 pontos, perto da mínima intradiária de 142.241 pontos. Na máxima, o índice chegou a tocar os 143.202 pontos. Na semana, o índice recuou 0,26%.

No fim do dia, as ações PN da Petrobras fecharam em queda de 0,67%. Já os papéis da Vale fecharam estáveis, com queda de 0,04%.

Entre as blue chips de bancos, o dia também foi mais negativo, com destaque para as units do BTG Pactual, que cederam 1,77%. A exceção ficou por conta dos papéis do Banco do Brasil, que subiram 0,41%.

“O desempenho do Ibovespa, hoje, me parece um pouco de técnico com um exterior mais favorável. O mercado abriu o dia ‘vendido’, esperando novas sanções, ou alguma fala mais dura do próprio presidente americano. Como isso não ocorreu, pelo menos, por ora, parte do mercado me parece ter coberto essas vendas”, destaca um profissional.

Prova disso, acrescenta a fonte, é que as ações do Banco do Brasil performaram bem melhor do que as dos demais bancos.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, escreveu que os americanos responderão “de forma adequada a essa caça às bruxas” depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro. A publicação foi feita em seu perfil no X.

Hoje, durante tarde, o subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmou que encara com “máxima seriedade” a condenação de Bolsonaro. A manifestação foi republicada pelo perfil oficial da Embaixada dos EUA no Brasil.

Ainda que representantes do governo americano tenham feito novas postagens com críticas e ameaças ao Brasil após a condenação de Bolsonaro, participantes do mercado afirmam que ainda não houve nenhum anúncio de sanção.

No campo corporativo, a alta dos juros futuros no Brasil penalizou ações mais sensíveis à política monetária, que ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa, caso de Yduqs (-4,93%), Vamos (-4,18%) e Hypera (-3,94%).

Apesar do movimento visto hoje, a equipe de estratégia de ações do BTG Pactual, liderada por Carlos Sequeira, afirmou que tem adicionado nomes mais sensíveis a juros. Entre as mudanças estão a saída de Cyrela e Energisa e a entrada de Auren e Copel, que são elétricas, mas que também podem se beneficiar nesse cenário. O banco optou por retirar as ações da Prio da carteira, devido às preocupações com os preços de petróleo no curto prazo.

Já na ponta contrária, os papéis da RD Saúde lideraram as altas, no valor de 2,85%. Hoje, porém, analistas do BB Investimentos cortaram o preço-alvo dos papéis da companhia, de R$ 19 para R$ 18,80, reiterando a recomendação neutra.

Em Wall Street, os principais índices americanos fecharam sem direção única: o Nasdaq subiu 0,44%, o S&P 500 terminou perto da estabilidade, com queda marginal de 0,05%, e o Dow Jones recuou 0,59%.

Painel com gráfico do Ibovespa na B3 — Foto: Tuane Fernandes/Bloomberg

[Fonte Original]

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